terça-feira, agosto 11, 2009

Sessão fotográfica com estranhos

Há dias, estava eu no centro de Lisboa, quando fui abordado por um sujeito que se encontrava na companhia de duas senhoras.

O que é que ele queria? Que os fotografasse aos três.

Deu-me a máquina para a mão, uma daquelas de rolo que até bem pouco tempo servia de máquina-fotográfica para uma família inteira, e lá se puseram em pose e vai de olhar "pó" passarinho.

O tipo explicou-me que eram três amigos que não se viam há anos e queriam uma recordação. Imaginei no fim daquilo tudo, que o senhor iria revelar aquelas fotos, como antigamente, com certeza coloca-las num álbum, ou numa moldura, para as apreciar sempre que quiser.

Já o pessoal mais novo, tira fotos com telemóveis, máquinas digitais, leitores de mp3, mais dia menos dia, até as torradeiras tiram fotos... mas se calhar um dia chateiam-se e formatam a torradeira, ou partem o mp3, ou a máquina fotográfica e nem se preocupam muito, porque depois tiram mais. Mas não percebem que a fotografia é um retracto do passado.

Acho que já ninguém se preocupa muito com o que ficou para trás. O que não é de todo errado. Mas já dizia a minha professora de história: é preciso conhecer o passado para perceber o presente.

1 comentários:

Unknown disse...

Pois é tens muita razão. Eu adoro tirar fotografias, tenho centenas de fotos em albuns; quando os gemeos eram pequenos tirei tantas fotografias, revelava colocav em moldura e tinha paredes forradas com molduras, e agora.... está tudo no computador, num disco externo que tem milhares de fotos.
julgo que já se perdeu o hábito de passarmos serões em familia a ver as nossas poses ridiculas...mas enfim, perdem-se uns ganham-se outros.
beijo