quarta-feira, dezembro 23, 2009

Há Avatar, há dormir e voltar

No Domingo passado voltei a uma sala de cinema, para minha grande alegria, porque parecia que andava de costas voltadas com a sétima arte no seu espaço mais nobre.

O filme escolhido foi Avatar, o último épico desenvolvido por James Cameron que quis superar o sucesso de outras obras suas como "Titanic" e "Terminator" - desta vez o tema versa a ficção científica e tem na projecção em 3D um argumento de peso.

Agora aquilo que achei, concretamente: as primeiras duas horas são de deslumbre, porque o filme é projectado em 3D, porque visualmente o filme é uma obra-prima e porque o desenrolar da história tem vários pontos de interesse.

E ver o rosto da Sigourny Weaver perfeitamente reproduzido nas criaturas que o filme retrata e todo aquele cenário de natureza e ambiente alienígena, só pode deixar qualquer fã de cinema completamente rendido às novas tecnologias.

Há muito que não ia a um filme que tivesse intervalo e este teve-o. Voltado da pausa, preparei-me para o resto da história - não estava era preparado para que a história começasse a perder interesse, com dilemas infantis e com uma mistura de explosões e cenários de guerra que já fartam. Confesso que comecei a desinteressar-me e acabei por dormir durante longas partes da história.

Agora, se o filme é bom? É. Mas também é longo demais, tem um desenrolar, perto do desfecho, que não suscita grande curiosidade e pelos vistos faz-me dormir - ainda bem que não sou crítico de cinema, antes um curioso por tudo aquilo que me suscita interesse.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Muse no Atlântico

Há uns dois ou três dias atrás estava em plena Avenida da Liberdade a fumar um cigarro, fui abordado por um indivíduo de ar alucinado que me disse: "Amigo, hoje é dia 24 ou 25? É 24 não é?". Respondi que sim, era 24. Não era. Mas para quê contrariar?

Posto isto, falemos do concerto dos Muse, uma pérola para recordar durante muitos anos, um daqueles concertos de uma banda que me apraz poder dizer "eu já os vi".

Antes deles, actuaram os Biffy Clyro, banda escocesa da qual nunca ouvi falar e cuja actuação só assisti em parte. Se na altura pareceu-me terem um bom som e apresentarem um bom espectáculo, a verdade é que já não me lembro sequer ao que soavam.

Tive que pesquisar na net para saber que é o álbum "Revollutions" que este trio se encontra a divulgar, não se mostrando "rogados na hora de servir o seu rock nervoso, por vezes experimental por outras a pender para um caminho trilhado pelos Queens of the Stone Age" (Blitz, online).

Quanto ao esperado trio inglês, entraram em palco cerca de 15 minutos depois da hora marcada.

O aparato visual e cénico enchia a vista, dando um colorido extravagante à música que explodia do sistema de som do Atlântico. Rebenta "Uprising", um dos temas do último álbum.

Todo o concerto foi um desfilar dos temas que eu mais queria ouvir serem tocados, teve muita garra e atendendo àquilo que já vi desta banda ao vivo, em DVD's e afins, posso classificar este espectáculo como um dos melhores de Muse, um mimo visual, um regalo para os ouvidos e para os olhos, que se chorassem seria por mais.

Por fim, grande alegria saber que ainda agora tive oportunidade de ver a banda britânica em solo nacional e que em 2010 voltarão a marcar presença, desta feita no Rock in Rio Lisboa, segunda a organização do evento, no palco Mundo, no encerramento do dia 27 de Maio.

Em baixo o alinhamento do concerto no Atlântico:

  1. Uprising
  2. Resistance
  3. New Born
  4. Map of the Problematique
  5. Supermassive Black Hole
  6. MK ULTRA
  7. Interlude
  8. Hysteria
  9. Nishe
  10. United States of Eurasia
  11. Feeling Good
  12. Helsinki Jam
  13. Undisclosed Desires
  14. Starlight
  15. Plug In Baby
  16. Time Is Running Out
  17. Unnatural Selection
    Encore
  18. Exogenesis: Symphony Part I (Overture)
  19. Stockholm Syndrome + riff
  20. Man with a Harmonica intro + Knights of Cydonia

terça-feira, dezembro 15, 2009

"Gamer"

Bom filme, este "Gamer", uma injecção de violência gratuita que me chegou às mãos há dias.

Embora um filme de acção e carregado de violência, o enredo é bom - a história gira em torno de uma visão futurista daquilo que se pode considerar um exagero das plataformas sociais, actualmente muito em voga, fundidas com os jogos tipo "Simms" ou o muito violento "Doom".

A criação de um revolucionário jogo de ambiente on-line é a forma de diversão mais comum entre jovens que aos milhões assistem a condenados, como o personagem principal, Cable, que lutam para sobreviver como se fossem personagens virtuais num jogo.

Não há muito mais a acrescentar sobre a película, que sem ser genial explora um conceito muito interessante, que pode ser apreciado por todos aqueles que não fiquem chocados com os níveis de violência que o filme tem.

Superman Returns

De volta ao blog e de volta ao cinema de Domingo à tarde, em casa.

Desta feita, "Superman Returns", quinto filme da série Super-Homem.
O filme foi lançado em 2006 sob grande expectativa, tendo recebido em geral críticas positivas. No entanto a Warner Bros mostrou-se desapontada com o retorno financeiro e declarou não ter interesse na produção de continuações.

O ponto de partida da história é o retorno do Super-Homem à Terra após cinco anos de ausência e descobre que Lois Lane seguiu com a sua vida e que Lex Luthor saiu da prisão.

Honestamente, acho que o que salva esta produção são os efeitos especiais, porque a história não me convenceu muito.
Esperava um argumento mais entusiasmante, mas achei que em determinados momentos a história se arrastava um pouco e as cenas eram longas demais.

Outra coisa que não me pareceu fazer sentido, prestando atenção aos pormenores, é a ida do Super-Homem para o hospital, que me parece forçado - mas isto tomando em atenção que este género de filmes destinam-se a fãs de banda-desenhada e universo do cartoon, que conhecem as nuances deste universo fantasioso.

No final o saldo não é negativo, mas confesso que fiquei um bocado desapontado, se tiver em conta as produções recentes que envolvem figuras de super-herois. Por enquanto Spider-man e Batman continuam a ser as melhores adaptações de BD para o cinema.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Angel's Bar, Carcavelos; concurso de bandas

No fim-de-semana anterior a este último, estive no Angel's Bar, em Carcavelos, para assistir a um concurso de bandas, onde actuariam os Kabala.

Foi uma noite divertida, com momentos "à lá" Ídolos e razoável música.

Infelizmente para os Kabala, não conseguiram mais que um terceiro lugar, o que os afastou da final, e em primeiro ficou uma banda algo interessante, com travo e atitude rock, hard-rock, qualquer rock: os Garra.

Nota final só para dizer que dos Kabala talvez saia a baixista Nini, razão pela qual eu tenho seguido esta banda - questões internas podem levar a este desfecho.

Um pequeno comentário às outras duas bandas que tocaram na mesma noite - os segundos classificados (não recordo o nome da banda) tinham (o juri disse-o) muito potencial, mas uma voz muito envergonhada, muito escondida por trás das guitarras quebrava o algum talento que manifestavam. A última banda a actuar (também não lembro o nome) eram um grupo de putos a imitar bandas de punk-rock todas ao mesmo tempo. Desinteressante, no mínimo.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Cabala

Na noite de Halloween desloquei-me à associação desportiva de Carnide para uma noite de música dedicada ao grunge.

Consigo apenas recordar a primeira e a segunda banda, os Cabala e os Negative Buzz, bandas que tiveram que esperar pelo fim do jogo do Benfica vs Braga que recolhia mais atenção.

Assisti ao sound-check dos Cabala, a banda que me levou ao espaço - era suposto encontrar-me com a baixista do grupo. Tive ainda oportunidade de trocar algumas impressões com o baterista da banda que conheci cá fora enquanto se fumava um cigarro antes da actuação.

Quanto ao concerto, e isto porque só fiquei até os Cabala terminarem, foi mediano, para não estar agora para aqui com considerações muito fortes sobre um género que sofre de um mal: as bandas grunge tornam-se sempre pequenos clones dos Nirvana. Em formato trio, com o vocalista/guitarrista a gritar como se possuído pelo próprio Kurt Cobain.

Como o espaço era um pequeno clube desportivo, tenho que comentar a fauna pituresca que se apresentava no local, ora pessoal mais jovem que estava lá pela música, ora velhotes mais centrados nos jogos de cartas, ora cães que não sei porquê percorriam a sala de um lado para o outro.

No final, e porque conheci a tal baixista, a Nini, é provável que os vá ver de novo no dia 26, mas desta vez em Carcavelos, num bar à beira-mar, enquadrados num concurso de bandas.

Enquanto isso, vou já sonhando com o dia 29 deste mês, dia de Muse ao vivo no Pavilhão Atlântico.

Luxúria

Numa destas sexta-feiras organizou-se uma saída com amigos.

O nome do bar já não recordo, mas recordo a banda que entreteve a noite, uma das razões para estarmos naquele bar específico.

Os Luxúria eram a banda que animavam a noite, percorrendo um imaginário rock, para um público ora interessado e pouco disperso, ou ainda para aqueles que se centravam nas suas bebidas e conversas.

Dos AC/DC a Robert Palmer, com misturas de música típica e popular portuguesa, nota de humor, tiveram ainda oportunidade de tocar e cantar os parabéns a uma jovem presente.

Uma palavra ainda para o bar, um espaço simpático, com um ar acolhedor (apesar do tamanho) e uma zona "verde" cá fora, mas dentro do espaço do bar, onde se juntavam alguns fumadores, ávidos por mais uma "passa" no cigarro.

Ainda a banda - numa próxima oportunidade são uma opção a seguir, pela qualidade musical e o sentido de espectáculo, nem sempre considerado pelos grupos, quanto mais num projecto dedicado a covers.

domingo, outubro 25, 2009

"Blizzard of Ozz"; Ozzy Osbourne

Hoje fui desenterrar um clássico do rock: Blizzard of Ozz, ou não fosse a cara do trabalho o famoso ex-vocalista dos Black-Sabbath, Ozzy Osbourne.

Embora Ozzy seja associado às sonoridades mais metaleiras, mais pesadas, este álbum foge mais para o hard-rock, embora que com alguns riffs cortantes, mais negros, nada habituais no som de bandas tais como os WhiteSnake, Van Halen, etc.

Lançado em 1980, Blizzard Of Ozz é um disco de clássicos, como o tema "Crazy Train", em baixo em vídeo.

Ponto 7

Na noite de Quinta para Sexta estive num espaço na Ericeira, muito simpático, muito acolhedor. Trata-se do Ponto7, um pequeno bar onde se respira jazz e cheira a conversas, a cruzar de ideias e tudo num lume brando, afável.

Na noite em questão não tive oportunidade de assistir a nenhuma actuação musical. Estava o ambiente apenas colorido com a música de James Brown, peça central de uma sessão do VH1.

Espreitem a página oficial (cliquem na imagem para ver) e deliciem-se...

terça-feira, outubro 20, 2009

Os Simpsons na Playboy

Assunto nunca aqui mencionado: gajas.

Pois a excepção justifica-se - o número de Novembro da revista Playboy contempla na capa e em entrevista Marge Simpson, a amarela mulher de Homer Simpson, da série de animação The Simpsons.

Com quase 20 anos de existência nas TV's portuguesas (já está no ar desde 1989 - ano em que entrei para a escola primária...), a bem humorada série transpõe-se para o universo das playmates e do nú artístico.

Embora já com enorme longevidade, os Simpsons mostram sinais de não abrandarem, mesmo depois de anos nos airplay de TV, de Kg de merchandising e uma bem sucedida adaptação ao cinema com The Movie.

Lugar ainda para dizer que o número de Novembro da Playboy não se limita a fazer a capa com a figura amarela - há uma entrevista à mulher do penteado que mais leis da gravidade desafia, de onde se destaca a pérola "o segredo de um casamento bem sucedido é nunca ir para a cama com fome".


A entrevista em : http://www.playboy.com/articles/marge-simpson-playboy-interview-and-pictorial/index.html

sábado, outubro 17, 2009

Obama pop


Figuras pop: personalidades que gozam de algum prestígio, mas que nem sempre são consensuais.

O agraciamento de Barack Obama com o Nobel da paz revela a vontade de criar uma figura com ar de salvador, na esperança de alcançar um novo rumo para o nosso mundo, que parece andar um pouco à deriva.

É difícil fugir à tentação de esperar um elemento forte, à escala do globo, que ajude a "consertar" e resolver tudo.

Em portugal chamam-lhe mito do "sebastianismo", lá fora é Afro-americano e o líder do país mais poderoso do mundo.

sábado, outubro 10, 2009

Kosheen- empty skies

Linkin Park - Given Up

Não consigo deixar de gostar desta música dos Linkin Park - é que fico mesmo com vontade de partir tudo.

É ver e ouvir...

Holly Throsby








Na última quarta-feira, se a memória não me atraiçoa, era dia de ensaio, pelo que a malta combinou um jantarzinho no sempre básico Centro Comercial Colombo.

A visita da praxe à Fnac, levou-nos à preparação de um pequeno concerto, ou apresentação, de holly throsby, uma menina-senhora que não conheço, mas sobre a qual pretendo conhecer mais.

Como havia ensaio, não dava para ficar e ver, o que foi uma pena.

Uma australiana, uma doce voz que nos embala, lápis de côr e de cera.

http://www.myspace.com/hollythrosby

Fábio Teixeira


Desta vez venho para aqui armado em parvinho. Ou não.

Vejam esta página - http://www.fabioteixeira.com/ -, um espaço interessante da autoria de Fábio Teixeira, personagem que não conheço pessoalmente, mas que conheço algum trabalho via net.

Um admirável mundo novo de imagem, figuras... - paisagens ou cenários?

Fotografia.

Jason Mraz -The Remedy(I Won't Worry) (live)

terça-feira, outubro 06, 2009

Dolce Vita

Estive no Shopping Dolce Vita, na Amadora.

Conclusão - grande, muito grande.

Entrei pela primeira vez numa loja do Starbucks e o mais curioso foi o facto de me perguntarem o primeiro nome. "Café para Zé" pediu o moço da caixa, à jovem que estava a servir os cafés. Bom café, também a apontar.

Entretanto, inaugurava uma loja nova de roupa, a New Yorker.

E não sendo eu seguidor de modas e novas tendências porquê destacar isto? Porque a abertura era marcada por um live act de um DJ e pelo espectáculo de entretenimento do João Manzarra, apresentador do recentemente estreado programa da SIC, os Ídolos.

O conceito do DJing nas lojas de roupa não é inédito, mas é sempre motivo de destaque. Aliás, acho que se devia explorar mais estes modelos. Como música nas estações de metro.

Já li e ouvi testemunhos de que é possivel assistir a grandes actuações nas estações de metro de alguns países estrangeiros e é uma pena que pelo nosso Portugal só haja pedintes.

Talvez seja um indicativo da cultura que temos no nosso país.

Campanha Abraço


Tomei conhecimento desta campanha num programa de TV e achei a ideia interessante.

A Abraço está a reunir lixo informático (cabos) para angariar fundos para construir uma casa para crianças necessitadas. A ideia é extrair o cobre presente nos cabos e vender o mesmo.



Em baixo o vídeo da campanha.

sábado, outubro 03, 2009

Within Temptation, Moospell, Maximo Park

Há pouco tempo descobri na Fnac um DVD e CD que achei muito interessante e que me fez recuperar algum apreço por uma banda - os Within Temptation.

As últimas coisas que vi por aí, pelas mãos e vozes da banda, desanimaram-me bastante e criaram-me uma enorme distância do grupo holandês, porque se estavam a tornar numa banda de "gente boazinha", fantasia para jovens adultos.

Neste trabalho, recentemente apresentado, os ambientes negros são recuperados muito graças à riqueza que a orquestra lhes conferiu, ambientes românticos, mas sem se renderem às facilidades da pop com cores metaleiras.

A soar cada vez menos a metal e cada vez mais a pop de guitarras cheias, a banda contraria essa tendência e lança um bom álbum, um bom concerto.

Moonspell

Também na Fnac, mas há mais tempo, descobri "o" DVD dos Moonspell, único registo neste formato da banda lusa, sobre o qual já li algumas coisas e tinha curiosidade de conhecer. Apesar de não conhecer a fundo a obra do grupo, gosto de saber o seu percurso. Com um som "fresco" dentro do metal em geral e do metal feito em Portugal em particular, têm também grandes prestações ao vivo - excelente atitude e já com uma legião de fãs, sobretudo na zona mais a leste da Europa, onde são presença assídua, quer em festivais ou em nome próprio.

Ouvi ontem pela primeira vez o mencionado DVD e fiquei bem impressionado. Há boas bandas e boa música em Portugal.

Maximo Park

Descobri estes há pouco tempo. Não sendo banda com material para marcar uma geração, associam-se a outros grupos da pop-indie/rock, como os Franz Ferdinand. É uma banda com alguns apontamentos interessantes, mas sendo numa postura descomprometida.

São britânico, formados em 2003 e já levam quatro álbuns na bagagem;

* A Certain Trigger (2005)
* Missing Songs (2006)
* Our Earthly Pleasure (2007)
* Quicken The Heart (2009)

segunda-feira, setembro 28, 2009

Xutos no Restelo - noite de celebração

Eu fui um dos 40 mil espectadores que estiveram sábado no Restelo, a ajudar no terminar das celebrações dos 30 anos de carreira dos Xutos e Pontapés e embora não tenha assistido aos concertos de abertura dos Pontos Negros ou dos Tara Perdida, tive oportunidade de ver e ouvir uma grande noite de muita música.

E para assistir ao espectáculo (porque foi mais que um simples concerto), estava realmente cheio o estádio com jovens muito jovens (vi uma criança num carrinho) até aos mais velhos, a todas as idades, muitos, com certeza, com idade para serem avós.

Um dos aspectos fundamentais a destacar do concerto é o aparato cénico que demonstrava uma dimensão que punha à prova o tamanho desta banda nacional, num país onde a cena musical é demasiado pequena e que não teria à partida dimensão para um concerto à escala das grandes bandas internacionais. Mas na noite de sábado ficou provado precisamente o contrário.

Uma das coisas que mais enriqueceu a noite foram as projecções em vídeo, que acompanhavam a música que saía do estrondoso sistema de som, que se fazia ouvir a Km do estádio do Belém.

Também ajudou para ao panorama geral o ritmo a que as coisas aconteciam, os convidados escolhidos e a forma como foram encaixados no programa das festas. Primeiro Pacman, dos Da Weasel no tema "Sangue da cidade" (pareceu-me ter um mau som de micro), e num momento acústico os Xutos interpretaram "Não sou o único" e "Conta-me histórias" (com Tim na voz e guitarra acústica e Pedro Gonçalves, dos Dead Combo, no baixo), "O que foi não volta a ser" e uma versão de "Homem do leme", cantada por Camané - arrepiante, esta última, embora estivesse à espera de uma personalização da canção, uma apropriação maior por parte do fadista.

No regresso para o primeiro encore, Kalú e Zé Pedro cantaram cada um um tema.

Para terminar, "A minha casinha", tema durante o qual a banda aproveitou para distribuir palhetas e baquetas, estavamos já em fase de despedidas, agradecimentos, sorrisos.
Foi depois deste tema que vim embora, embora ainda tenha ouvido já cá fora, enquanto tentava "furar" caminho pelo trânsito o tema "Para sempre", da banda-sonora do filme "Tentação".

Por último, destaco também a boa forma que a banda apresentou, talvez guiados pelo entusiasmo que a noite propiciava, sobretudo o João Cabeleira, que normalmente eu acho estar sempre fora de tom nos seus muitos solos. No sábado a sua guitarra soava tão demoníaca como deve ser.

Balanço final: uma espectacular noite de música (não de música portuguesa, mas de música), um excelente augúrio para o futuro musical em Portugal.

quinta-feira, setembro 24, 2009

“We Will Take You With Us”, Epica

Este título, dos holandeses Epica, foi lançado em 2004, mas só agora me chegou à escuta.

Transpira ópera por todos os lados, tem marcado drama e intensidade e vai também buscar inspiração ao ambiente dos musicais, sobretudo graças à versão que a banda interpreta do tema principal da obra "Cats".

“We Will Take You With Us” é resultado da apresentação parcialmente acústica da banda, no Wisseloord Studios, na Holanda, para o famoso programa de rádio e TV local 2 Meter Session, acompanhada a banda por um octeto de cordas e de um pequeno coral.

A banda, que teve uma ascensão meteórica com o seu primeiro lançamento, "The phantom agony", é uma das principais bandas a nível mundial na vertente gótica do heavy-metal.

  1. "Façade of Reality"
  2. "Sensorium"
  3. "Illusive Consensus"
  4. "Cry for the Moon"
  5. "The Phantom Agony"
  6. "Seif al Din"
  7. "Feint" (versão acústica)
  8. "Run for a Fall" (versão acústica)
  9. "Memory"

Xutos no Restelo e eu vou lá estar

Sábado, dia 26 de Setembro, os Xutos e pontapés vão ao Restelo para fechar a tourné nacional que comemora os 30 anos de carreira da banda.

Eu vou lá estar.

Segundo algumas informações que andei a reunir, o concerto prepara-se para ser uma coisa nunca vista, "uma coisa nunca pensada", "um palco nunca visto em concertos de bandas portuguesas", revela Luís Montez, da promotora Música no Coração. A actuação deve ser apoteótica, porque marca o regresso da banda aos grandes palcos, eles que têm andado a correr o país.

Já os vi no Coliseu de Lisboa, nos jardins da Torre de Belém e no Pavilhão Atlântico - agora num estádio, à moda antiga, vamos a ver como se portam estes jurássicos do rock português, que apesar de tudo sobrevivem à passagem dos anos sempre com grande fulgor.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Café na Fnac ao som dos BAR

O café da Fnac tem destas coisas - um cafezinho transforma-se facilmente numa sessão de música ao vivo, porque há sempre um concerto agendado a virar da esquina.

Desta vez, tinha ficado informado sobre o concerto dos BAR numa primeira entrada, para depois voltar para um café ao som da pop rock que os portugueses debitam com ritmo apreciável, numa versão mais acústica que eléctrica, mas muito viva, cheia de ritmo.

Segundo o meu camarada Fernando, que estava comigo e já os viu ao vivo numa outra vez, eles têm alma rock, talvez até mais indie.

Honestamente, parece-me que me divertiram por ser música ao vivo, porque a impressão que tive na altura foi que se calhar em estúdio soariam a banal, a desinteressante. Já estive na página do myspace da banda e, de facto, não conseguem impressionar muito.

Como a voz, tudo é um pouco banal no som que practicam, sem rasgo, sem muito interesse.

Como nota final, à saída da Fnac, deparámo-nos com o desaparecido Axel, cantor pop/pimba, filho do também cantor Fernando Correia Marques, de quem me lembrava por ter aparecido num concurso da TV (sempre com ares de galã) e estava ontem com uma péssima imagem - gordo, careca, vulgar. Só tenho pena de não encontrar na net nenhuma fotografia recente nem ter tido oportunidade de tirar eu uma foto.

segunda-feira, setembro 21, 2009

"Texas Flood", Stevie Ray Vaughan

Blues e country-rock, é ao que soa este álbum do guitarrista Stevie Ray Vaughan em conjunto com a sua banda, os Double Trouble.

Original de 1983, estreia em longa duração do músico, toca na minha aparelhagem uma re-edição saída em 1999 que inclui alguns extras, nomeadamente faixas como "Testify" ou "Wham!" ao vivo.

Mais do que um álbum de blues e rock, é um trabalho para quem não desconfie das sonoridades mais country, porque é numa viagem de chapéu em bico na cabeça que a banda nos leva, sem qualquer pudor em colocar toda a raíz norte-americana num caleirão onde parece estar essencialmente um blues vitaminado, com energia e groove.

1- "Love struck baby"
2- "Pride and joy"
3- "Texas flood"
4- "Tell Me"
5- "Testify"
6- "Rude mood"
7- "Mary had a little lamb"
8- "Dirty pool"
9- "I'm cryin"
10- "Lenny"

Bonus tracks
11- "SRV Speaks"
12- "Tin Pan Alley" (aka Roughest place in town)
13- "Testify" (live)
14- "Mary had a little lamb" (live)
15- "Wham!"(live)

Em baixo, "Testify" ao vivo, o melhor tema deste álbum, que parece não ser um original do grupo, mas uma versão de um clássico dos blues, original dos The Isley Brothers, grupo norte-americano de Soul e R&B.

sábado, setembro 12, 2009

"Armada", Keep of Kalessin

Este projecto norueguês liderado pelo também norueguês Obsidian Claw, tem vindo a consolidar o seu nome como mais um projecto de qualidade saído do país que exporta mais bandas de death-metal do mundo, a Noruega.

Embora com novo álbum em promoção, o referido em cima - "Colossos" -, debruço-me sobre o anterior "Armada", já de 2006, um trabalho de raízes death-metal.
É no entanto uma trabalho que não se fica pela "secura" alimentada a blast-beats sucessivos, riffs cortantes e áridos. Tem também poucos ou nenhuns devaneios melódicos, que comprometam a sonoridade da banda, embora tenha um lado, mais "adocicado".

Não sendo eu um fã destas vertentes mais extremas do metal, natural destaque para a fácil audição do álbum dos Keep of Kalessin, com riffs abrasivos, mas de fino recorte, técnicos, mas velozes, raivosos mas com noção de realidade.

Um dos grandes trunfos que vejo neste trabalho é a secção rítmica, mais concretamente a bateria, que tem uma riqueza assinalável para este tipo de propostas. Com a velocidade furiosa habitual nesta vertente do metal, a verdade é que se inclina muitas vezes para o metal progressivo, para apontamentos quase jazzísticos.

Aliás, este parece-me um aspecto a reter, esta tendência para um black-metal trabalhado com recorte progressivo, mas sem perderem a noção de "canção", expressão tão avessa ao mundo metaleiro, mas que faz sentido em qualquer universo musical

Uma outra coisa que me chamou à atenção, foram as passagens acústicas que fogem àquela técnica/recurso que é a de colocar interlúdios antes dos temas, aqui antes servindo o tema mais à frente, no decorrer do tema.

Por fim: sei que nunca serão uma das minhas bandas favoritas, mas enquadram-se naquelas propostas interessantes que deixam apontamentos que nos levam a acreditar que, mesmo num estilo tão extremo, podem-nos surpreender.

"Armada" - Keep of Kalessin

1. Surface
2. Crown of Kings
3. The Black Uncharted
4. Vengeance Rising
5. Many Are We
6. Winged Watcher
7. Into the Fire
8. Deluge
9. The Wealth of Darkness
10. Armada

sexta-feira, setembro 11, 2009

Rammstein, imagem polémica

Os Rammstein, que se preparam para vir a Portugal muito em breve, têm novo trabalho prestes a sair e já vão levantando alguma polémica com este novo lançamento - neste caso, a imagem promocional mostra os músicos não necessariamente como vieram ao mundo, mas "cheios" de nudez.

A imagem é curiosa, porque tem um arrojo estético que não vem só da caracterização feminina (que talvez se relacione com o título do single de avanço - "Pussy"), mas pelo ar de manequim, de boneco de plástico que têm os músicos.

Com passagem agendada pelo nosso país a 19 de Outubro, aguardamos mais novidades sobre o novo registo, "Liebe Ist Für Alle Da", o sucessor de Rosenrot.

Até lá, e recorrendo ao Youtube, já posso avançar mais qualquer coisa sobre o novo trabalho que para já tem no single uma particularidade - ser cantado em inglês.
Desta vez os alemães resolveram, aparentemente, editar um trabalho despudorado, com muita nudez e clara alusão ao sexo. Será assim o álbum todo? O que é que podemos esperar do novo longa-duração? "Questions, questions", e aguardamos por mais.



Mais uma vez o "live act" supera o "Studio edit" - já estou farto de consumir este tema no air-play das rádios e embora fique mesmo colado ao ouvido, não me perdia muito nele.

Esta apresentação vale muito.

Beth Ditto, The Gossip

Uma das melhores "lead-singers" que surgiu nos últimos tempos - lésbica, morbidamente obesa, controversa, mas uma voz inconfundível, uma presença musical notável.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Momentos musicais na TV

Uma das coisas de que mais gosto é ver na TV momentos musicais em programas de entretenimento, se de qualidade e acima de tudo, se ao vivo - excluo portanto aquelas apresentações foleiras dos programas da tarde na TV portuguesa.

Refiro-me a momentos de música ao vivo.

Em baixo alguns dos meus preferidos, assim de repente.

"Diz que é uma espécie de magazine"








"Herman Sic"




"5 para a meia-noite"


"Conan O'Brien"




"Boa Noite Alvim"


"David Letterman"


E muitos mais, muitos mais...

quarta-feira, setembro 09, 2009

"Feeling good", grande tema

Conheci este tema pela interpretação do Michael Bublé, uma interpretação bombástica, com feeling, sentimento, garra e muito, muito engenho. Depois vieram os Muse a dar uma cor diferente, mas igualmente boa.

Segundo me consta, a música é um original da Nina Simone.



















Este tema é tão bom, que até o David Hasselhof consegue safar-se numa interpretação bem clássica.

"Canção do Carocho", Da Weasel

Este tema merece muita atenção pelo aspecto cru. Acho que tem uma força qualquer, qualquer coisa ligado à maneira como o baixo marca o ritmo e a forma como o Pac-Man dispara a crítica ao vício e à podridão dos "mitras", dos "agarrados", dos "junkies", sem pejo, sem eufemismo. Forte, muito forte.

terça-feira, setembro 08, 2009

"Sobrinho de Tony Soprano" torna-se realizador

Há uma série de episódios do programa de TV "Sopranos" em que o sobrinho de Tony Soprano revela um grande interesse pelo cinema e pela realização cinematográfica.

Agora, o actor, Michael Imperioli, vai mesmo na vida real ver um filme assinado por si sair para o mercado. "The Hungry Ghosts", o título, tem estreia marcada para 15 de Setembro no Museu Rubin, em Nova Iorque, na noite em que está também marcada uma reunião do elenco da série norte-americana.

Os bilhetes vendidos irão reverter a favor dos refugiados tibetanos e dos monges budistas.

O actor/realizador estuda filosofia oriental e revela que na película "O budismo é um antídoto para os personagens do filme".

Com 105 minutos, a longa metragem tem um modesto orçamento de 683 mil euros.

Friends!

Tenho a impressão que já falei nesta cena da série Friends, mas tenho mesmo que a recuperar - não há programa de TV que substitua esta. Então cá por casa, a par de outras, vamos sempre voltando a ver alguns episódios tentando esquecer que depois da décima temporada não há mais.

Neste momento já estamos a voltar ao início, forjando uma continuidade que lá vai fazendo de conta.

Quanto a cenas preferidas, esta será a escolhida, a primeira que me lembro sempre que a questão se coloca.

Scarlett Johansson de regresso à música

Se há coisa que se pode dizer sobre Scarllet Johansson é que é muito versátil.

Ainda com um longo caminho por percorrer (porque é jovem e parece-me que ao nível do cinema ainda lhe falta um grande papel), a norte-americana move-se entre o cinema, a publicidade (muito próximo da moda, "vendendo" rosto e corpo, a sua imagem) e mais recentemente na área da música.

Depois de ter conquistado a marca Dolce & Gabbana, emprestando a sua imagem à campanha de produtos de beleza da marca, a actriz é o rosto de «Rose The One», a versão rosa deste perfume que chega às lojas no mês de Setembro.

E pela internet já circula um single de avanço sobre o novo álbum que está na forja para sair em breve, um trabalho a "meias" com Pete Yorn e intitulado "Break Up", com lançamento previsto para hoje, dia 8 de Setembro.

Para começar a desfrutar do trabalho, sugiro ver o vídeo do tema "Relator", o tal que já habita a internet.



Relembro que Scarlett se estreou nos lançamentos discográficos com o trabalho "Anywhere I Lay My Head, lançado em maio de 2008.

Quanto ao cinema, a actriz só regressará ao grande ecrã no próximo ano, com "Homem de Ferro 2".

"Wrathchild", Iron Maiden

A banda metal/rock Iron Maiden foi das primeiras bandas dentro do espectro rock que eu comecei a gostar e sempre a mantive entre as minhas preferências musicais, mesmo se analisando à luz da razão ela seja limitada ou não tão virtuosa como se apregoa - a idade avançada também abona a seu favor.

Mas gosto de os ouvir e deixo aqui um vídeo para quem gostar, que me relembra uns Maiden ainda frescos, novos, cheios de força e presença em palco.



Porque o vídeo não mostra a actual formação, resolvi remexer no fundo do baú e peço "emprestado" à Wikipedia a lista de ex-integrantes da banda - uma enorme lista, que vinca a enorme história do grupo inglês.

Paul Di'Anno
Terry Rance
Ron Matthews
Dennis Wilcock
Bob Sawyer
Terry Wapram
Thunderstick
Tony Moore
Doug Sampson
Tony Parsons
Dennis Stratton
Clive Burr
Paul Todd
Paul Cairns
Blaze Bayley

segunda-feira, setembro 07, 2009

"Starlight", Muse

Uma das melhores versões ao vivo dos Muse, deste tema. O tom fantasmagórico que Bellamy traz ao tema com a sua guitarra é arrepiante e traz qualquer coisa de diferente àquilo que ficou registado em estúdio.

"Are we humans?"...

Não sou nem fã, nem conhecedor da carreira dos Killers.

Mas na qualidade de apreciador de música e de quem gosta de partilhar, remeto a vossa atenção para este vídeo, que tem sobretudo uma componente cénica e teatral - mostra que a música é mais que "música", é arte nas suas diferentes ou componentes diversas, porque ouvir música completa-se a ver, a cheirar e a sentir.

Neste caso, o impacto visual é delicioso e faz-me relatar esta observação aqui no blog, sobre um tema musical que nem me é muito favorito, talvez apenas e somente enquanto hit-single radiofónico.

Ou seja, vale mais ver e ouvir, do que limitar a existência desta música, porque a música também é muito imagem.

"A dúvida"

Este foi um dos últimos filmes que vi, mesmo sem grande atenção. Fui vendo, digamos assim.

Com Meryl Streep e Philip Seymor Hoffman como protagonistas, o filme basea-se numa peça premiada com um galardão da Broadway.
A história retrata a luta entre um padre e uma freira, levantado esta dúvidas sobre a suspeita sobre se o padre em questão estaria ou não a abusar de um jovem negro, na escola que dirige.

Os diálogos incidem sobre a religião, a moral ou a autoridade, temas demasiado controversos no período retractado pela película, meados de '60.

De acordo com Seymor Hoffman, este padre "é alguém que tenta criar novas existências (...). Mas encontra-se num meio onde o debate de ideias é particularmente difícil (...).

A personagem de Meryl Streep personifica essa resistência ao debate livre, arriscando "(...) perder tudo e ficar sem recursos", explica a actriz. "(...) ela quer apenas livrar a sua escola de algo que vê como um mal familiar e reconhecível".

Quanto ao espectador, o título exemplifica bem a temática da longa-metragem, tendo o final tanto de conclusivo, como de dúbio.

Eu, para não fugir à regra, não apreciei o final, que para mim revela uma certa frustação que quem vê o filme sente de certeza.

domingo, agosto 30, 2009

Dina Palmeiro e Manuela Silva (cont.)




Dina Palmeiro e Manuela Silva

Há dias entrei num café/restaurante ("Restaurante Santa Gula") aqui pertinho de casa e reparei que havia uma série de quadros expostos por todas as paredes. No balcão, um pequeno prospecto que explicava quem eram as autoras - ambas com pouca experiência nas artes, Dina Palmeiro e Manuela Silva.

Interessante sobretudo pelo aspecto de investimento em artistas da zona, num espaço alternativo como é este restaurante, um vulgar espaço gastronómico.

sábado, agosto 29, 2009

Doc's sobre bandas portuguesas

A RTP2 estreia em Setembro uma série de documentários sobre novas bandas portuguesas. Terrakota, Nigga Poison, JP Simões, X-Wife e Micro Audio Waves fazem parte da primeira série. Os documentários têm o título de «Club Docs» e a produção é do MusicBox.
(in Disco Digital)

Michael Jackson, realidade e lenda

Apesar de já não estar entre nós há pelo menos dois meses, Michael Jackson continua a alimentar os meios de comunicação à escala global.

Porque faria hoje 51 anos, o Google assinala a data e lembrou-me a ocasião.

Assim resolvi consultar as últmas notícias sobre o cantor e é impressionante a variedade de informação que se consegue obter.

Em Hollywood, no museu de cera Madame Tussauds, uma nova estátua é colocada em exposição, numa homenagem que teve direito a cerimónia no passado dia 27.

Em relação ao mais que provado consumo de drogas de Michael, junta-se ainda o consumo de Marijuana, encontrados que foram alguns pacotes da substância no seu quarto.
No entanto, a morte do cantor terá sido provocada pelo fármaco Propofol, que terá provocado uma intoxicação - a causa de morte já está oficializada pelo Instituto de Medicina Legal de Los Angeles, não restando dúvidas. Foram ainda encontrados no organismo de Michael Midazolam, Diazepam, Lidocaína e Efedrina.

The Official Michael Jackson Opus

Todas as manifestações que agora surgem a lembrar o cantor revelam a importância mediática que Michael Jackson tinha, não só pela importância que teve enquanto músico, mas como figura controversa, pelas plásticas, pelos processos em tribunal por alegada pedofilía, ou pelo aguardado regresso aos palcos.

Desta feita, já se prepara para chegar ao mercado um livro, uma biografia autorizada pelo próprio ainda em vida, "um livro de mais de 12 quilos", que conta nas suas 400 páginas fotografias, cartas, letras de músicas nunca publicadas e desenhos feitos por si. O lançamento está previsto até final do ano.

Teoria da conspiração

Entretanto já circula pela internet um vídeo que alegadamente prova que o cantor ainda está vivo, alimentando as teorias de que a morte teria sido forjada. Tal como aconteceu com Elvis Presley, os fãs recusam-se a admitir a morte do ídolo e parecem encontrar sempre elementos que alimentam uma grande trama para fugir à ribalta.

Circula na internet um vídeo de 29 segundos através do qual o seu autor, registado no YouTube como TheMJisAlive, defende que Michael Jackson está vivo.

"Este vídeo prova que o Michael está ainda vivo. (...) verifiquei a matrícula e tudo indica que o Rei da Pop sai da mesma carrinha onde o seu corpo foi transportado", argumenta o homem que diz ter filmado etas imagens, apresentado como um cidadão de nacionalidade espanhola de 20 anos de idade.



As imagens não provam nada, mas levantam mais controvérsia - o que interessa saber é até que ponto Michael Jackson lucraria com a sua própria morte, uma vez que até se dispôr a regressar aos palcos o cantor já pouco teria lugar na ribalta, estando afastado dos holofotes da fama.

sábado, agosto 22, 2009

Hero; admito este gosto

Pronto - confesso que este post é quase admitir um guilty pleasure, porque os Nickelback estão a meio caminho entre os Pearl Jam e os Creed, sendo estes um dos grandes insultos à música da história do rock, mesmo se mais baladeiro.

Mas estes tipos tem uma grande vantagem, que é uma voz de um timbre muito agradável. Têm aquele som que se torna bastante apelativo. E o raio desta música tem uma dinâmica qualquer que se cola ao ouvido, que se manifesta no pé que bate e na cabeça que abana - já para não falar no cantarolar.

E como já tinha falado por aqui em temas "eléctricos" serem transformados em acústico, aproveito e junto dois aspectos num só texto: por um lado é cada vez mais difícil lembrar que já houve existência sem Youtube, por outro lá tá aquele encanto num tema acústico, sem disfarces, sem rede.

Fica o acústico e o clip original.



Vermelho, Vanessa da Mata

Este é mais um daqueles temas que trago aqui só mesmo por partilhar.

Para mim é um dos melhores temas da cantora - doce, mas dinâmico.

:

Apresentador Luis Filipe Borges tem gripe A

Esta notícia não é fresca, mas é do dia - passou-me completamente ao lado. Pelo conteúdo do programa até achei que fosse uma piada, mas não. Já confirmei.

A gripe A já se espalha na TV. Neste caso, foi o apresentador Luís Filipe Borges (aquele gordinho da boina, sim...) que ficou "constipado" e por isso está de quarentena.

A restante equipa do programa "5 para a meia noite" tomou conta da emissão, e pelo pouco que acompanhei pareceu-me que dedicaram o programa à gripe, ao doente e à estupidez de tudo o que acompanha o universo "5 para..." e o mundo em seu redor. O rapaz Luís Borges estará em casa a acompanhar a emissão via redes sociais - caso, por exemplo, do Twitter, onde, aliás, anunciou o estado de doença.

"Para quem pergunta como é a gripe A: é igual às outras todas, mas obriga-nos a ficar na 'solitária' durantes uns dias", explicou o apresentador, que se diz fechado no quarto e de máscara, à espera que tudo termine e possa voltar aos tempos de apanhar gripes "classe B".

Por fim, e nesta pequena investigação, cruzei com o blog de um artista a quem "roubei" esta caricatura - chama-se João Campos e colabora com João Quadros (argumentista/humorista/performance artist, ou o que quiserem chamar ao senhor...).
Sobre quem é João campos: "Autor de comic strips, charges, caricaturas, ilustração e cartoon editorial, actualmente cartoonista do jornal Matosinhos Hoje, O Badalo e do Póvoa Semanário", lê-se no blog http://blogdelacoesdoego.wordpress.com/.

Interessante.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Jimi Hendrix

Primeiro: li algures há dias que havia material com marca Jimi Hendrix por ser editado e que tal aconteceria em breve.

Segundo: notícia fresca é a adaptação ao cinema da história do guitarrista, pela mão de Thomas Tull, produtor executivo do filme "The Watchmen". A notícia foi avançada pela revista Variety e já se vai espalhado por tudo quanto é canto internauta. Max Borenstein é quem está a desenvolver o argumento e sugere-se o nome de Lenny Kravitz para interpretar o papel do guitarrista.

Por fim: ficam dois vídeos - um com uma entrevista, e outro com uma actuação no mesmo programa.



"I like the way you move"

Este é um daqueles temas que nunca ninguém sabe de quem é, mas que todos, sem excepção, abanam a cabeça e batem o pé logo que ele começa. Nunca o gosto por ver os outros a mexerem-se foi tão cantado como neste "I like the way you move".

A banda responde ao nome BodyRockers e funciona enquanto dupla; Dylan Burns é guitarrista e Kaz James é DJ.

A história é simples: Burns, inglês, visita a Austrália, onde conhece, através de outro DJ, Kaz James. Inicialmente o "número" deles consistia em improvisações de guitarra por cima dos sons lançados por Kaz e cerca de um mês depois de se encontrarem surge o tema supra-citado, vagamente inspirado num tema do Billy Idol, uma versão de "Mony Mony".

Para mim é ouvir e gozar a batida e abanar o corpo...afinal todos gostamos da maneira como ele se mexe.



Tori Amos

Há alguns anos atrás andei "preso" a um álbum da Tori Amos, sobretudo a este tema que deixo em baixo, cortesia Youtube.

Gostava da forma delicada como esta cantora punha as palavras nos meus ouvidos, gostava de sonoridade do piano, como que a sussurrar histórias que podiam ir de banalidades como a neve, ou a magia dos sentimentos, do amor, etc.

Hoje acordei, e depois de tratar de algumas coisas pendentes, ataquei um álbum que tinha para ouvir, Scarlett's Walk. Nada que se compare ao encanto de "Winter", o tema que Tori Amos revela ser dedicado ao pai.

É arrepiante e é ainda mais ao vivo, sem rede - só a voz e o piano.



Ao vivo...

Ele há com cada uma...

Antes de mais, dizer que o título em cima é da coisa mais clichè que existe, é previsível assim a ver-se a Km de distância, está gasto e só o uso porque já passa da meia-noite e estou perto de me ir deitar.
Posto isto, o texto propriamente dito;

Havia uma velha anedota que perguntava porque é que os alentejanos forravam os bolsos com sacos de plástico - rezava a lenda que era para receberem o ordenado líquido...

Hoje, estava eu na caixa de um hiper-mercado à espera de ser atendido, reparo que o senhor à minha frente tinha o dinheiro guardado num saquinho de plástico daqueles transparentes, daqueles do pão, ou da fruta.
O tipo sacou do saco de plástico, tirou umas notas, para pagar, recolheu o troco, enfiou no saco e embrulhou-o muito bem embrulhadinho e vai de o meter na algibeira.

Se a carteira ficar no bolso e for à máquina de lavar, não se estraga - quem é o parvo aqui?...

segunda-feira, agosto 17, 2009

Arctic Monkeys ao vivo em Glastonbury, 2007

Hoje ainda consegui ouvir mais espectáculos em DVD - Arctic Monkeys em Glastonbury e no ApolloTheater, se não estou enganado, em Londres.

Cada vez mais me convenso que o concerto a que assisti em Lisboa, no Coliseu, foi um fraca imagem daquilo que a banda vale. É divertida, tem energia e encontra no seu vocalista uma voz para nos fazer sentir bem próximos deles, mas em Lisboa foram frios e distantes. Associei a distância à tenra idade do grupo, mas vou vendo filmes de concertos no continente inglês, nos mais variados ambientes e a disposição é outra.

Neste momento, tenho mais é curiosidade em saber em que direcção irá a banda, que sonoridades adoptará - há já uma ideia de que no álbum que está prestes a sair o ambiente será bem mais negro, sobretudo quando posto em comparação ao último, que carrega no tema "Fluorescente adolescente" um single bem colorido e a imagem descontraída que é a antítese das nuvens negras que povoam este novo trabalho.

Ainda sobre a actuação em Glastonbury, há que destacar a participação de Dizzee Rascal num tema, um rapper que eu honestamente não sei quem é, mas que aparece ali um bocado desenquadrado, enquanto rodava um tema - acaba por não destoar tanto assim, sinal de que as canções dos ArcticMonkeys valem por si, mesmo se sujeitas a diferentes roupagens.

Mais espectacular é quando a banda se lança a tocar um versão do tema imortalizado por Shirley Bassey, "Diamonds Are Forever", da banda sonora "do Bond de 1971", cujo título era o mesmo da canção.

A terminar, atrevo-me a dizer que pode ter ali nascido o projecto paralelo do vocalista Alex Turner, os The last shadow puppets, com o também vocalista da banda The Rascals. Este último é apresentado como um amigo e participa num tema, denotando já a sonoridade que Turner engendrou para o projecto o projecto paralelo.

O alinhamento do concerto foi este:

'When The Sun Goes Down'
'Brianstorm'
'Still Take You Home'
'Dancing Shoes'
'From The Ritz To The Rubble'
'Teddy Picker'
'This House Is A Circus'
'Fake Tales Of San Francisco'
'Balaclava'
'Temptation Greets You Like A Naughty Friend'
'Old Yellow Bricks'
'I Bet You Look Good On The Dancefloor'
'If You Were There, Beware'
'Fluorescent Adolescent'
'Mardy Bum'
'Do Me A Favour'
'Leave Before The Lights Come On'
'The View From The Afternoon'
'Diamonds Are Forever'
'505'
'A Certain Romance'

Metallica, ícone da geração MTV

Acordei com extrema vontade de ver/ouvir música. Após uma leve passagem pelos CD's e DVD's que para aqui andam, tropecei neste MTV Icon.

Com única excepção feita à banda de Ian Curtis, dos Joy Division, o tamanho e importância de uma banda mede-se pelo quão bem ela está documentada - é esta a perspectiva que eu tenho e olhando para os dias de hoje, esta é uma verdade que cada vez mais se afirma por si mesma. Na era do digital, da internet, não há banda que não esteja disponível numa série de plataformas, quer seja em forma de DVD's, mapas e sites e sítios online, ou em documentários.

Este MTV Icon documenta uma homenagem feita pelo canal de música aos reis do Heavy Metal, os Metallica.

É interessante, não só pela vertente documentário, mas pelas actuações de alguns dos nomes que singravam nos tops por alturas da homenagem, como sejam os Korn, Avril Lavigne ou Limp Bizkit.

Reafirma a banda enquanto ícones, faz um balanço e lança a banda por pelo menos mais 20 anos.

Os fãs agradecem.

MTV Unplugged, Alicia Keys

São já bem famosas, estas sessões em modo Unplugged da MTV (ou em português, “desligado”, ou “desligadas”, para fazer concordância no género...) e desta feita estive a ouvir a sessão da senhora Alicia Keys, cantora a que não prestava muita atenção, mas sobre quem fiquei com melhor impressão.

Ela toca piano, produz e ainda canta deliciosamente.


Este concerto, ou apresentação, decorreu na Brooklin Academy Of Music e beneficia de uma boa prestação da cantora e de alguns convidados especiais, entre eles Mos Def, Damian Marley, ou Adam Levine, dos Maroon 5.


Eu gosto sobretudo do ambiente festivo que se gera nestas apresentações da MTV, porque fico sempre com a impressão que há grande descontracção e ligeireza, como se tratasse de um encontro entre amigos, para tocarem, para apreciarem o talento uns dos outros.


No caso deste, tudo parece andar em roda do R&B primitivo e nada daquelas tretas que circulam no canais de música da moda, que mostram uma pop assente no R&B e no hip-hop. Neste trabalho, Alicia rege-se pelo Blues, R&B e Soul, bem imprensa no espírito quase messiânico a lembrar aqueles pastores das igrejas de negros, que mostram uma riqueza de alegria e boa disposição, que se demarca bem da igreja tradicional; pesada e triste, represiva.


E é aí que se une a Soul e o Blues, num swing descomplexado e feliz porque poder existir.

É um álbum excelente para ouvir em várias ocasiões – quer seja um jantar entre amigos, um final de tarde de Verão em casa, até a trabalhar, ou num bar, de copo em punho.

É um trabalho muito interessante, que partilho, com selo Youtube.