domingo, abril 11, 2010

Pessoal à(s) direita(s)...

Caraças, que o bar era giro e simpático - mas se há coisa que não chupo é esta malta nova que ainda nos está a apertar a mão e já estão a dizer que gostam é de política. Invariavelmente são da JSD e têm aversão a estrangeiros, outras raças e conseguem encaixar sempre na conversa a falta de patriotismo dos outros.

Fiquei com ideia que o objectivo da conversa era impressionar a minha companhia, feminina por sinal, e que era quem o conhecia. Ela apresentou-mo e eu juro que nem tencionava encetar conversa, mas o meu esquerdismo envolveu-me de tal forma em debate que me esqueci da pobre rapariga que me acompanhava e assistia à conversa.

A conversa começou mal porque o rapaz lembrou-se de dizer que já tem recusado empregos de 500 e 600 euros porque prefere estar a fazer trabalho social a ser mal pago...

- disse-lhe que se ele recusava era porque podia (quando não se tem falta de dinheiro é fácil recusar trabalho).
- o rapaz está a trabalhar na Junta de Freguesia a "desenvolver projectos"; claro que lá está porque o tio é o presidente da mesma Junta...
- e por fim, quando lhe perguntei afinal em que projectos está inserido, já que se diz envolvido em projectos voltados para o social, para a sociedade, envolvido com o povo, respondeu-me que organiza corridas de automóveis clássicos. Admitiu a determinado momento, mostrando até um certo orgulho nisso, que é uma organização voltada para uma elite. Ora aí está, trabalho com o povo na sua máxima expressão.

Depois debatemo-nos, argumentámos e fiquei com a ideia que afinal os seus ideais de direita estavam pouco solidificados na cabeça do pobre rapaz, que acabou por ceder às minhas opiniões.

E nunca vi ninguém usar tanto e tão mal empregue, o termo "assertivo".

Até está a construir um percurso interessante, é da área do Turismo. Agora não me venha falar em necessidades do povo e tentar incutir a ideia bárbara que temos que fechar as fronteiras aos estrangeiros. Temos, isso sim, que estreitar a entrada dos mesmos, no sentido de os encaixar na nossa sociedade, evitando a imigração ilegal e a criação de guetos. Há sempre a ideia primária que os problemas se resolvem com as proibições e a criação de novas leis, quando bastava fazer cumprir as actuais.

É caso para pedir desculpa aos leitores, mas é que não houve cerveja naquele bar que me fizesse achar graça ao discurso do meu amigo social democrata.

A título de curiosidade, o bar chamava-se Xentra, que segundo conta a lenda, seria o nome que os Mouros davam a Sintra.

A cerveja é cara e pode-se fumar - o normal, portanto.

1 comentários:

Anónimo disse...

Epah só rir msm... Eu digo-t a desgraçada, pobrezinha:p K grande night no Xentra;) Eheh:p A repetir s dúvida:p Bjs Paty