quinta-feira, abril 22, 2010

"Eles falam, falam..."

"E digo-te já, sem querer ser de algum modo outra coisa que não aquilo que me determina, que, sem repisar o que acabaste de mencionar, nomeadamente certas questões menos óbvias, a verdade é que a frontalidade exige que eu afirme aqui categoricamente que em determinados níveis de convivência a verdade é para ser dita, sobretudo se avaliarmos alguns altos patamares relativos às amizades e, até, noutros relacionamentos de teores que não interessa estar aqui também a lembrar ou determinar. Porque a questão, no fundo, e sem me querer alongar, é que as coisas dizem-se ou não, de acordo com alguns aspectos fundamentais a estas avaliações, sendo determinante, não só o modo como se desenrolam os acontecimentos, mas também o contexto em que aconteceram. Penso que fui claro."

"Efectivamente gostaria de a ajudar, cara amiga, a supor de forma diferente, para que não pensasse que será como supõe ser, sem desacreditar que não seria dessa forma (senão a forma das coisas serem, aliás). No entanto, só o facto de assumir como será uma coisa que não é, que pode ser, mas não é, só torna todo o exercício de continuar a ser uma impossibilidade de vir a ser o que seja. Assim, compreenda, que há coisas que se limitam a ser, sem sentirmos que são, limitando-nos a vive-las."

(Trechos retirados de conversas no Facebook; no entanto, qualquer semelhança entre isto e uma conversa normal, é pura coincidência, uma vez que quem me ouvia não chegou a ficar totalmente esclarecida...)

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