sábado, maio 01, 2010

Projecto Bug, Casa do Povo Mafra, madrugada de 25 Abril

Noite muito invulgar em Mafra - noite de Verão e um amontoado de juventude, pais e mães de família, crianças.

Casa do Povo, local insuspeito.

O Projecto Bug é um projecto musical e humorístico de bastante qualidade, como o único defeito de fazer lembrar de mais os Ena Pá 2000. Ambiente burlesco, surreal, desafiador.

Com 18 elementos em palco, nada menos, atiraram-se a clássicos com o "Big Spender", celebrizado por, entre outros, a banda inglesa Queen e o "Hit the road Jack", o tema mais cantado e esgotado pelos presentes no palco e pelo público presente - diria que entre 100, 150 pessoas, assistência muito razoável. Sobretudo, se considerarmos que a publicidade no caso desta banda é o boca-em-boca.

Como espectáculo de família, ou "para" famílias, houve o inevitável intervalo - 2h depois, nada de chocante, portanto. Oportunidade então para falar com um dos elementos da banda, um dos "teclas". Aproveitei para colocar algumas questões que o solícito músico prontamente esclareceu. Entre uma cerveja sorvida com a sede que a noite suscitava, confessou alguma satisfação com o projecto e o típico conformismo português no que respeita a dificuldades. O projecto já conta com 3 anos de existência, alguma estabilidade na formação e uma boa bagagem de concertos e actuações, essencialmente naquela região.

"Fora de portas", por assim dizer, têm uma actuação marcada para Lisboa, na zona de Alcântara numa, imagine-se, embarcação.

Regressados à sala, um discurso amargurado com essa data que parece ir-se perdendo no tempo, a dos cravos, pela pena e boca de uma figura que, aparentemente, será muito conhecida em Mafra, um professor, escritor, poeta. Embora um pouco utópico, arrepiou-me, ri e aplaudi no final - o homem mordeu e comeu o cravo que trazia na mão.

Subiu então um jovem, um João qualquer coisa, que, sozinho, de guitarra em punho, para mim, só convenceu quando pôs toda a gente a "cantar" o Sérgio Godinho.

E, foi nessa altura que vim cá para fora refrescar a garganta, enegrecer o pulmão e criar alguma riqueza na minha cabeça, conversando sobre música sem parar. Nas duas horas seguintes fui seguindo o alinhamento da banda, através do som que saía das janelas abertas da Casa do Povo de Mafra, parando por vezes a conversa para saudar um ou outro tema.

Feliz noite de festa e boa entrada no 25 de Abril.

Patrícia

Bom, uma palavra especial para uma das vozes em palco e uma das lead singers.
Além de linda de morrer e das suas longas e perfeitas pernas, reveladas pelo seu curtíssimo vestido, a rapariga tinha uma voz fora de série, incrível e cantava maravilhosamente.

No meio do público, um grupo gritava o seu nome. E eu, qual ovelha invertebrada, seguidista, confesso que fiz o mesmo...

http://projectobug.blogspot.com/

3 comentários:

Adriano disse...

Quem és tu, meu amigo?

Imaginário disse...

José Imaginário, Administrador e único participante neste espaço.

Adriano disse...

Obrigado.