segunda-feira, fevereiro 01, 2010

The Men Who Stare at Goats

"The Man Who Stare at Goats", uma das melhores comédias que vi nos últimos tempos. A história começa com Ewan McGregor no papel de um jornalista desesperado por uma história bombástica e que decide partir para o Iraque. Lá conhece Lyn Cassady (George Clooney), que afirma ser um ex-soldado norte-americano do departamento de psíquicos, reactivado após o 11 de Setembro. As revelações de Cassady são inacreditáveis, deixando o personagem de McGregor em constante dúvida sobre a veracidade das histórias que vai ouvindo, mas deixando-se levar numa aventura que parece não ter destino certo.
Jeff Bridges interpreta o fundador do programa de soldados psíquicos e Kevin Spacey, outro soldado com poderes mentais, que gere um campo de prisioneiros no Iraque.

Todo o ambiente prima pelo surreal, humor que mais me atrai e que neste filme é levando para lá de todas as fronteiras. George Clonney desenvolve uma personagem brilhante, que nos transporta ora para a dúvida ora para a certeza que de facto existem capacidades extra-sensoriais nestes militares da paz.

Apetece dizer: parece uma comédia. E é mesmo.

No entanto, este filme baseia-se num livro escrito pelo repórter norte-americano Jon Ronson, que desenvolveu uma história bem mais dramática e que não se limita a fenómenos paranormais.

No livro, é o próprio Ronson que corre atrás de generais verdadeiros para descobrir a relação entre o treino dos supersoldados paranormais e as torturas psicológicas aplicadas aos presos iraquianos de Abu Ghraib há sete anos.

Ele garante ser tudo real, até mesmo a estranha, e frustrada, mania de atravessar paredes com o poder da mente. Ronson conta em 16 capítulos como esse treino, aprovado pelo governo Bush, levou a Inteligência americana a incorporar técnicas do Projecto Jedi para arrancar confissões aos suspeitos quando o ex-presidente dos EUA declarou guerra ao terror, após o ataque às torres gémeas.

Há quem diga que este livro é o manual das técnicas de tortura do governo norte-americano e são reveladas inacreditáveis suspeitas, que só podemos supor serem reais.
Se calhar vale a pena ler o livro depois de ter visto o filme.

0 comentários: