sexta-feira, fevereiro 13, 2009

"Maria Cheia de Graça"; depois da tempestade vem a bonança

Antes de mais, fazer o apontamento que me faz não começar o texto por dizer que o filme é espectacular: o final é bom, mas acho que esperava um final mais dramático.

Posto isto, adiante; a história gira em torno do correio de droga proveniente da América do Sul, mais concretamente da Colômbia. Seguimos a história de Maria, uma jovem de 17 anos que vive na miséria, numa vila do interior do país, numa casa pequena e que sustenta a sua família com o ordenado que ganha a tirar espinhos de rosas para exportação. A situação agrava-se (e um cliché é sempre um cliché, mesmo quando se gosta de um filme...) quando Maria engravida do seu namorado.

Com um futuro pouco risonho, decide agitar o marasmo juntando-se a outras "mulas" (como lhes chamam), que têm por missão entrar nos EUA com elevadas doses de droga no estomâgo, missão de grande risco porque o menor contacto da substância com o organismo e é morte certa. Cedendo ao apelo do dinheiro, a jovem acaba por se ver envolvida em algo muito maior do que ela supunha, desde as situações que decorrem durante a viagem aos sentimentos que vão surgindo à medida que se afasta do seu lar e da sua terra natal.

Talvez até resida aí a lógica do final da história. Se calhar porque eu não vi o "bright side" da situação, não percebi o final, que, tal qual a minha cara metade deprendeu e sugeriu, remete para a esperança e para a necessidade de se ver o lado positivo das coisas, extrair algo de bom de tudo o que acontece.

Se calhar só assim, esta Maria pode ser uma Maria cheia de graça.

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