sexta-feira, fevereiro 13, 2009

"Dois dias em Paris"; um é pouco, dois é bom, três é demais

Julie Delpy escreveu, realizou e protagonizou esta história, um filme de categoria B, sobre a fragilidade das relações e de como são permeáveis a crises, partindo do princípio de que vale mais dizer a verdade, por mais amarga que seja, do que ser confrontado com as situações mais tarde, quando já tudo soa a mentira.

Apesar de parecer, pela descrição inicial, um drama, trata-se de uma comédia romântica, muito distante daquelas histórias ligeiras e sensaboronas em que sabemos de ante-mão que no final o rapaz fica com a rapariga e que tudo acaba em bem. Este casal vê-se confrontado com o desconhecimento que ambos têm um do outro, quando vão dos EUA para Paris (terra-natal de Marion) e Jack começa a ver a sua namorada com outros olhos e a debater-se com este "nova pessoa" que ele não conhece e com que não sabe lidar.

As discussões sucedem-se umas atrás das outras e entre os pequenos "gags" que vão surgindo, fica a dúvida se haverá solução para este casal.

A fotografia dá ares de documentário, o que favorece o filme, quanto a mim, que acho que juntamente com os outros condimentos faz deste filme uma comédia romântica "sui generis".

Divertido e emotivo, uma história engraçada para ver a dois.

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