segunda-feira, setembro 05, 2011

White Lies - "Unfinished Business" - live on Jools Holland


Não que alguma vez tenha pensado numa cor a atribuir às mentiras, mas branco nunca seria a minha opção - estes são os White Lies, banda cujo nome conheço apenas de referências em publicações nacionais e nas rádios portuguesas.

No entanto, em termos de sonoridade não fazia (e continuo a não fazer, na verdade) ideia de qual a sua direcção musical.



Ouvindo este tema e a sua interpretação,  estamos perante aquilo a que amiúde se identifica como o rock anos 2000, muito inclinado para o indie rock, cuja designação se prendia inicialmente com a sua “ind(i)e(pendência)”, que tenha estado talvez relacionado com a vertente mais alternativa, mas que nos dias de hoje não significa independência nem sonoridade alternativa – antes com uma estética muito própria, que consegue conjugar vários aspectos diferentes numa só banda, um caldeirão de influências que vão do revivalismo à exploração das novas orientações artísticas. Confusos? Imaginem artistas influenciados por todas as últimas bandas icónicas dos últimos 30 a 40 anos e dêem-lhes uma estética cool de baixa lisboeta = indie rock anos 2000.

O comentário pode soar vagamente preconceituoso, mas na verdade parece-me que esta vertente artística veio baralhar o jogo e os jogadores de uma forma muito positiva, trazendo as sonoridades alternativas para junto da pop, o rock para junto da folk, a electrónica para junto dos instrumentos acústicos e criou-se uma panóplia de possibilidades e novas oportunidades de todos sermos quem quisermos neste mundo louco. 

Nunca a expressão artística foi tão livre e rica, mesmo que se refira os loucos anos 60, o rock sinfónico, o psicadelismo rock ou David Bowie perdido em Berlim.

Não necessariamente por vivermos na era da comunicação ou do livre acesso à informação e todas as facilidades que conhecemos, mas porque nunca houve tanta variedade de estilos e cruzamentos nas mais felizes ou infelizes somas e resultados...mas e se os White Lies e este tema são bons? Se gosto? Gosto do baixo seco e da bateria anos 80 (mas desligada da corrente), da voz que faz ecoar palavras de ordem saídas de uma britpop avariada (The Cure?), o sintetizador evangelizante e uma guitarra indie que remata este som, que não fazendo dele canção da minha vida, me acrescenta qualquer coisa que não tinha antes de o pôr a tocar.

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