quinta-feira, julho 21, 2011

Andarilhos, Fnac Chiado, 17 de Julho



Andarilhos

Inês Igrejas
A visita à Fnac do Chiado devia-se à necessidade de um sítio simpático para conversar um pouco, mas a esperança de encontrar música era alguma, para não dizer muita.

 Felizmente, quando o relógio marcava cerca das 16h30, ficámos a saber que daí a pouco os Andarilhos subiriam ao palco para nos alegrar com a sua interpretação da música de cariz tradicional portuguesa.

Nascidos em Baião, como fizeram questão de frisar várias vezes, o grupo desenvolve um som muito interessante, com toda a legitimidade da cultura popular, mas com alguns traços mais modernos.

Grande entrega por parte dos músicos que nos mostravam fazer o que fazem por gosto e era impossível não ser contagiado com a onda positiva que vinha do palco. Os sorrisos e a boa disposição faziam-me viajar até cenários do interior do nosso país ou até a culturas no norte da grã-bretanha, talvez por conta das gaitas de foles.

Pedro Monteiro/ Rui Santos
Destaque para a viola-baixo que marca e muito a sonoridade do grupo, que (pelo menos ao vivo) acresce uma grande força e balanço ao som do conjunto (e que em muitos momentos se colava por completo à percussão).

No final, a vontade de os ver novamente, mas noutro tipo de ambiente.

(fotos "emprestadas" pelo Myspace da banda)

2 comentários:

Dito disse...

Assino inteiramente por baixo, tudo isto também me passou pelo espírito lá e prolongou-se até hoje.
Note-se que de forma não muito consciente tenho vindo a desenvolver uma certa predisposição ou interesse por este tipo de música ou grupos, consequência positiva de outras aberturas e influências recentes.
Espero voltar a vê-los e outros grupos semelhantes!

Imaginário disse...

Antes de mais, obrigado pelo comentário.

:)

Tem havido um reencontro com a cultura portuguesa que me parece bastante saudável. Claro que, como tudo, não só de boas intenções surgem estes "investimentos".

Mas é muito positivo verificarmos que ser português é motivo de orgulho para algumas pessoas e que, sobretudo isso, há gente a fazer coisas interessantes, que há gente que pega naquilo que têm próximo de sim, a sua cultura, para desenvolver trabalho - e de qualidade.

Um abraço.