quarta-feira, março 14, 2007

Recupero mais um texto antigo - desta vez um conto incompleto

Comecei a sentir alguém a sacudir-me. Aos poucos retomava a consciência. A vibração da janela fez-me adormecer.
Era o revisor que me abanava, na esperança de me acordar. "- Vá lá ver! Amigo, não tenho o dia todo!", dizia-me ele. Mostrei-lhe o bilhete. O homem deixou-me em paz.
Estava de novo no comboio, a caminho de Lisboa. Era mais um fim-de-semana em casa da minha tia-avó. Costumava lá ir aos fins de semana para mergulhar na agitação da cidade, para contrastar com o ambiente rural onde vivo. Em vila do Ranço nada acontece. É um local pacato, onde habito, onde todos os dias acordo para ir trabalhar. Faço a contabilidade numa oficina de pneus, numa cidade ali perto.

(Como nunca terminei esta história, que quase nem comecei, nunca soube o que aconteceu a este personagem. Acredito, no entanto, que o aguardam aventuras em Lisboa, durante este fim-de-semana. Calculo até, que a força do seu carácter vem da sua curiosidade natural e sagacidade de espírito. E imagino, que o final da aventura seria purificador, que teria um final feliz - será que desta forma terminei o meu conto?)

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