quarta-feira, março 14, 2007

Escrita

Tenho a escrita. Ao menos tenho sempre a escrita. Sonâmbulo, triste, decadente, ardente, demente, um idiota, em lágrimas ou armado de sorriso - terei sempre a escrita. Essa, não a pago; essa, não a devo.
Mais sono, menos loucura. Embriagado, mas já tirei os óculos de aviador, depois de ter guiado o meu abismo pela estrada, pela noite. Há dias em que transpiro loucura - são dias de vertigem, à beira do abismo. Como dizia o outro, é um histerismo que grito para dentro, é pura confusão. Mas terei sempre a escrita.

0 comentários: