terça-feira, fevereiro 27, 2007

As histórias que espeto em papel

Imagino histórias lindas para as desmembrar brutalmente com lâminas de prata e medo. Ando no verde campo, para poder pisar as flores. As flores, essas putas que têm nome redondo e que não têm, na sua forma escrita, arestas e bicos, dureza - só apelidadas de putas as posso escrever.
Não sou louco. Mas permito-me criar no papel um mundo imaginário, um só meu, onde violo a gramática e esfolo o português... e onde chamo putas às flores, que é só para usar expressões negras, pretas, setas apontadas aos corações. Gosto do som da morte, do corte, da esfínge, e do som da boca que se rebenta, partida à paulada.
... desta vez sinto que excedi. Que sou um parvo com sono. Ou então iludo-me com a gramática e com paredes cobertas de sangue, para amanhã acordar feliz e contente.
Defeito genético!

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Como eu te invejo no pedaço de papel em que fazes trocadilhos com sopa de letras, lindo...lindo...
E à sobremesa..atenção...hà sempre uma bela mousse de chocolate à tua espera...Doce,fina, suave, subtil
nina