domingo, junho 05, 2011

"Red"

Sem o requinte e humor de "Destruir depois de ler", dos "manos" Coen, "Red" é divertido sem cair na tentação de tornar os personagens ridículos, mas não se leva tão a sério que acabe por ser uma espécie de "Die Hard".

Não é, portanto, um clássico filme de acção, mas também não é uma paródia aos filmes do género.

Falamos de um thriller à moda do cinema norte-americano, com bons actores e boas interpretações, com acção e uma dose q.b. de humor.

Sem ser um grande filme, é garantia de entretenimento. Mesmo as cenas de acção são bem conseguidas, são bem feitas e durante o filme lembrei-me de alguns filmes que podiam ter semelhanças, mas que nunca chegam a ter. Talvez, mais uma vez, porque joga com uma boa "equipa". Lembrei-me, por exemplo, do filme protagonizado por Arnold Swcharzneger "True Lies", ou em português, "A verdade da mentira", que fica muito abaixo da qualidade de "Red", embora existam traços comuns. Aproveito para relembrar que em "True lies" existe uma as mais surpreendentes cenas eróticas dos últimos anos (o link para quem quiser relembrar a então muito sexy Jamie Lee Curtis no seu melhor...).

Mas sobre a história:
Frank Moses (Bruce Willis) surge no seu melhor ar de agente duro de roer (embora longe vão os tempos em que o sr. Willis apanhava tareia a torto e a direito), como ex-agente de operações secretas da CIA que vive os seus dias de reforma. Vê-se de volta ao activo para fugir a ser assassinado e recorre a velhos colegas de profissão, todos eles algo desenquadrados com as novas vidas de reformados.

Encontramos ao seu lado Morgan Freeman (que faz lembrar aqueles jogadores de futebol que quase não notamos, mas que se diz serem fundamentais na manobra da equipa), Helen Mirren e o sempre extravagante John Malkovich.


Realizado Robert Schwentke, figuram ainda Mary-Louise Parker (da série "Erva") e Karl Urban ("O Senhor dos Anéis").


"Red" - BD




Por fim, é importante explicar que "Red" é uma adaptação ao cinema de uma mini-série de banda-desenhada, uma "novela gráfica" de Warren Ellis e Cully Hamner.


Publicada entre 2003 e 2004, a história gira também em torno de Paul Moses, o agente da CIA retirado que se torna uma ameaça para a mesma organização por saber de mais.


Segundo os próprios criadores, o filme é uma adaptação ligeira da história original (que consideram ser curta - três álbuns - para uma longa metragem), já que adopta um tom mais cómico em oposição à visão mais "áspera" da BD.


Confesso que fiquei com vontade de adquirir os três volumes e aconselho o filme a todos os que gostam de acção, humor e diálogos inteligentes.

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