quinta-feira, outubro 09, 2008

Hiper-revolução

Todo eu sou raiva, todo eu sou zanga. Fervo afrontas e indignações, em chama acesa longe do lume brando; uma voz de comando que grita de dentro para fora, mas que sai e não sai, quer sair – revolta.
Que mundo este, de destruição, ebulição desnutrida de razão, imbuída de alienação, que ninguém parece querer ver; é ver para crer, é um eterno não querer saber que me fazem os dentes ranger, de raiva, salivando, de raiva, os punhos vou cerrando, de raiva.
Há quem enfrente tudo, de frente para tudo, com objectivos definidos, definitivos, às vezes exclusivamente primitivos. E agora permitimos? Isto? Esta desordem? Esta geração que cospe acidez provocada pelo excesso de tudo, sem nada que fazer? A minha raiva quer ceifar estas liberdades e colocadas na lavra da terra, arruma-los na acção e utilidade, acabar com a futilidade. Agora neguem o absurdo, porque às tantas não é só rebeldia, já é realidade vazia, desconectividade, como uma nova tecnologia que perdeu validade.
O problema foi criado, agora crie-se a solução.

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