Com pouco tempo para ficar e ver a apresentação toda (ou pouco ou nada), aproveitei os momentos que antecederam o início.
Chegada das pessoas, o piano no seu sítio, as palavras de apreço pela vinda - sala da Fnac quase cheia antes da hora.
Já fixo nesta Fnac a rapariguinha de ar divertido que vai repetindo "desculpe, tenho que fechar a janela" - e assim o faz. Cria-se um cenário acolhedor.
Olho para trás e vejo o Fernando Tordo a beber uma garrafa de água, encostado ao balcão. Pergunto-me se para ele é só mais uma garrafa de água antes de uma actuação, ou se consegue distinguir esta das outras vezes que subiu a um palco.
Já falta pouco para ter que partir e pergunto-me quando começará a apresentação.
Já ouvimos testes de microfone e um pouco de piano, maravilhoso, suave, quase a musicar, por coincidência, claro está, o texto que tinha escrito esta tarde.
Olho de novo para o palco e reparo nalgumas moscas que dançam; uma, duas, três, quatro e mais duas, em volta umas das outras - e nas cadeiras, sentados, zum-zuns.
Apercebo-me que o pianista é o Pedro Duarte, conhecido por colaborar com o Herman José e começa a apresentação...e para mim acaba. Assim, drasticamente. Não tenho paciência para o estilo do Fernando Tordo e até percebo que tenha alguma qualidade, mas não me atrai.
E além do mais, aguardava-me, mais acima da cidade, uma sessão do Indie Lisboa. Parto.
domingo, maio 02, 2010
Fernando Tordo, Fnac Chiado, 28 Abril
Publicada por
Imaginário
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13:07
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2 comentários:
É por essa e por outras que esta MERDA de país não vai para a frente. C'um caraças. Infelizmente ... tudo o que faça pensar ... ainda queima muita cabeça leve. C'um caraças. Ouça o Emanuel Pimba. Dá MAIS jeito e não é nada. Pena que o NADA só exista nalgumas cabeças como a SUA.
Antes de mais, obrigado por ser leitor.
Lamento que tenha ficado com essa impressão. Mas, talvez quando se identificar, assim como eu faço, possamos discutir melhor gostos musicais e a situação da música portuguesa, que sigo COM MUITO INTERESSE.
Leia o post sobre os Andarilhos. Ou os vários sobre a música portuguesa que oiço e promovo, mesmos em conversas diárias.
Agradeço também a oportunidade do direito ao contraditório e terei todo o gosto em ouvir a sua visão sobre a música deste artista - estou sempre disposto amudar a minha opinião. Embora neste caso específico, a música de Fernando Tordo não me agrade. E repare que nunca disse que não tinha qualidade. Frisei que EU não gosto. Mas reconheço a importância para a musica portuguesa. E isso, para o artista, deveria ser suficiente.
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