domingo, agosto 30, 2009

Dina Palmeiro e Manuela Silva (cont.)




Dina Palmeiro e Manuela Silva

Há dias entrei num café/restaurante ("Restaurante Santa Gula") aqui pertinho de casa e reparei que havia uma série de quadros expostos por todas as paredes. No balcão, um pequeno prospecto que explicava quem eram as autoras - ambas com pouca experiência nas artes, Dina Palmeiro e Manuela Silva.

Interessante sobretudo pelo aspecto de investimento em artistas da zona, num espaço alternativo como é este restaurante, um vulgar espaço gastronómico.

sábado, agosto 29, 2009

Doc's sobre bandas portuguesas

A RTP2 estreia em Setembro uma série de documentários sobre novas bandas portuguesas. Terrakota, Nigga Poison, JP Simões, X-Wife e Micro Audio Waves fazem parte da primeira série. Os documentários têm o título de «Club Docs» e a produção é do MusicBox.
(in Disco Digital)

Michael Jackson, realidade e lenda

Apesar de já não estar entre nós há pelo menos dois meses, Michael Jackson continua a alimentar os meios de comunicação à escala global.

Porque faria hoje 51 anos, o Google assinala a data e lembrou-me a ocasião.

Assim resolvi consultar as últmas notícias sobre o cantor e é impressionante a variedade de informação que se consegue obter.

Em Hollywood, no museu de cera Madame Tussauds, uma nova estátua é colocada em exposição, numa homenagem que teve direito a cerimónia no passado dia 27.

Em relação ao mais que provado consumo de drogas de Michael, junta-se ainda o consumo de Marijuana, encontrados que foram alguns pacotes da substância no seu quarto.
No entanto, a morte do cantor terá sido provocada pelo fármaco Propofol, que terá provocado uma intoxicação - a causa de morte já está oficializada pelo Instituto de Medicina Legal de Los Angeles, não restando dúvidas. Foram ainda encontrados no organismo de Michael Midazolam, Diazepam, Lidocaína e Efedrina.

The Official Michael Jackson Opus

Todas as manifestações que agora surgem a lembrar o cantor revelam a importância mediática que Michael Jackson tinha, não só pela importância que teve enquanto músico, mas como figura controversa, pelas plásticas, pelos processos em tribunal por alegada pedofilía, ou pelo aguardado regresso aos palcos.

Desta feita, já se prepara para chegar ao mercado um livro, uma biografia autorizada pelo próprio ainda em vida, "um livro de mais de 12 quilos", que conta nas suas 400 páginas fotografias, cartas, letras de músicas nunca publicadas e desenhos feitos por si. O lançamento está previsto até final do ano.

Teoria da conspiração

Entretanto já circula pela internet um vídeo que alegadamente prova que o cantor ainda está vivo, alimentando as teorias de que a morte teria sido forjada. Tal como aconteceu com Elvis Presley, os fãs recusam-se a admitir a morte do ídolo e parecem encontrar sempre elementos que alimentam uma grande trama para fugir à ribalta.

Circula na internet um vídeo de 29 segundos através do qual o seu autor, registado no YouTube como TheMJisAlive, defende que Michael Jackson está vivo.

"Este vídeo prova que o Michael está ainda vivo. (...) verifiquei a matrícula e tudo indica que o Rei da Pop sai da mesma carrinha onde o seu corpo foi transportado", argumenta o homem que diz ter filmado etas imagens, apresentado como um cidadão de nacionalidade espanhola de 20 anos de idade.



As imagens não provam nada, mas levantam mais controvérsia - o que interessa saber é até que ponto Michael Jackson lucraria com a sua própria morte, uma vez que até se dispôr a regressar aos palcos o cantor já pouco teria lugar na ribalta, estando afastado dos holofotes da fama.

sábado, agosto 22, 2009

Hero; admito este gosto

Pronto - confesso que este post é quase admitir um guilty pleasure, porque os Nickelback estão a meio caminho entre os Pearl Jam e os Creed, sendo estes um dos grandes insultos à música da história do rock, mesmo se mais baladeiro.

Mas estes tipos tem uma grande vantagem, que é uma voz de um timbre muito agradável. Têm aquele som que se torna bastante apelativo. E o raio desta música tem uma dinâmica qualquer que se cola ao ouvido, que se manifesta no pé que bate e na cabeça que abana - já para não falar no cantarolar.

E como já tinha falado por aqui em temas "eléctricos" serem transformados em acústico, aproveito e junto dois aspectos num só texto: por um lado é cada vez mais difícil lembrar que já houve existência sem Youtube, por outro lá tá aquele encanto num tema acústico, sem disfarces, sem rede.

Fica o acústico e o clip original.



Vermelho, Vanessa da Mata

Este é mais um daqueles temas que trago aqui só mesmo por partilhar.

Para mim é um dos melhores temas da cantora - doce, mas dinâmico.

:

Apresentador Luis Filipe Borges tem gripe A

Esta notícia não é fresca, mas é do dia - passou-me completamente ao lado. Pelo conteúdo do programa até achei que fosse uma piada, mas não. Já confirmei.

A gripe A já se espalha na TV. Neste caso, foi o apresentador Luís Filipe Borges (aquele gordinho da boina, sim...) que ficou "constipado" e por isso está de quarentena.

A restante equipa do programa "5 para a meia noite" tomou conta da emissão, e pelo pouco que acompanhei pareceu-me que dedicaram o programa à gripe, ao doente e à estupidez de tudo o que acompanha o universo "5 para..." e o mundo em seu redor. O rapaz Luís Borges estará em casa a acompanhar a emissão via redes sociais - caso, por exemplo, do Twitter, onde, aliás, anunciou o estado de doença.

"Para quem pergunta como é a gripe A: é igual às outras todas, mas obriga-nos a ficar na 'solitária' durantes uns dias", explicou o apresentador, que se diz fechado no quarto e de máscara, à espera que tudo termine e possa voltar aos tempos de apanhar gripes "classe B".

Por fim, e nesta pequena investigação, cruzei com o blog de um artista a quem "roubei" esta caricatura - chama-se João Campos e colabora com João Quadros (argumentista/humorista/performance artist, ou o que quiserem chamar ao senhor...).
Sobre quem é João campos: "Autor de comic strips, charges, caricaturas, ilustração e cartoon editorial, actualmente cartoonista do jornal Matosinhos Hoje, O Badalo e do Póvoa Semanário", lê-se no blog http://blogdelacoesdoego.wordpress.com/.

Interessante.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Jimi Hendrix

Primeiro: li algures há dias que havia material com marca Jimi Hendrix por ser editado e que tal aconteceria em breve.

Segundo: notícia fresca é a adaptação ao cinema da história do guitarrista, pela mão de Thomas Tull, produtor executivo do filme "The Watchmen". A notícia foi avançada pela revista Variety e já se vai espalhado por tudo quanto é canto internauta. Max Borenstein é quem está a desenvolver o argumento e sugere-se o nome de Lenny Kravitz para interpretar o papel do guitarrista.

Por fim: ficam dois vídeos - um com uma entrevista, e outro com uma actuação no mesmo programa.



"I like the way you move"

Este é um daqueles temas que nunca ninguém sabe de quem é, mas que todos, sem excepção, abanam a cabeça e batem o pé logo que ele começa. Nunca o gosto por ver os outros a mexerem-se foi tão cantado como neste "I like the way you move".

A banda responde ao nome BodyRockers e funciona enquanto dupla; Dylan Burns é guitarrista e Kaz James é DJ.

A história é simples: Burns, inglês, visita a Austrália, onde conhece, através de outro DJ, Kaz James. Inicialmente o "número" deles consistia em improvisações de guitarra por cima dos sons lançados por Kaz e cerca de um mês depois de se encontrarem surge o tema supra-citado, vagamente inspirado num tema do Billy Idol, uma versão de "Mony Mony".

Para mim é ouvir e gozar a batida e abanar o corpo...afinal todos gostamos da maneira como ele se mexe.



Tori Amos

Há alguns anos atrás andei "preso" a um álbum da Tori Amos, sobretudo a este tema que deixo em baixo, cortesia Youtube.

Gostava da forma delicada como esta cantora punha as palavras nos meus ouvidos, gostava de sonoridade do piano, como que a sussurrar histórias que podiam ir de banalidades como a neve, ou a magia dos sentimentos, do amor, etc.

Hoje acordei, e depois de tratar de algumas coisas pendentes, ataquei um álbum que tinha para ouvir, Scarlett's Walk. Nada que se compare ao encanto de "Winter", o tema que Tori Amos revela ser dedicado ao pai.

É arrepiante e é ainda mais ao vivo, sem rede - só a voz e o piano.



Ao vivo...

Ele há com cada uma...

Antes de mais, dizer que o título em cima é da coisa mais clichè que existe, é previsível assim a ver-se a Km de distância, está gasto e só o uso porque já passa da meia-noite e estou perto de me ir deitar.
Posto isto, o texto propriamente dito;

Havia uma velha anedota que perguntava porque é que os alentejanos forravam os bolsos com sacos de plástico - rezava a lenda que era para receberem o ordenado líquido...

Hoje, estava eu na caixa de um hiper-mercado à espera de ser atendido, reparo que o senhor à minha frente tinha o dinheiro guardado num saquinho de plástico daqueles transparentes, daqueles do pão, ou da fruta.
O tipo sacou do saco de plástico, tirou umas notas, para pagar, recolheu o troco, enfiou no saco e embrulhou-o muito bem embrulhadinho e vai de o meter na algibeira.

Se a carteira ficar no bolso e for à máquina de lavar, não se estraga - quem é o parvo aqui?...

segunda-feira, agosto 17, 2009

Arctic Monkeys ao vivo em Glastonbury, 2007

Hoje ainda consegui ouvir mais espectáculos em DVD - Arctic Monkeys em Glastonbury e no ApolloTheater, se não estou enganado, em Londres.

Cada vez mais me convenso que o concerto a que assisti em Lisboa, no Coliseu, foi um fraca imagem daquilo que a banda vale. É divertida, tem energia e encontra no seu vocalista uma voz para nos fazer sentir bem próximos deles, mas em Lisboa foram frios e distantes. Associei a distância à tenra idade do grupo, mas vou vendo filmes de concertos no continente inglês, nos mais variados ambientes e a disposição é outra.

Neste momento, tenho mais é curiosidade em saber em que direcção irá a banda, que sonoridades adoptará - há já uma ideia de que no álbum que está prestes a sair o ambiente será bem mais negro, sobretudo quando posto em comparação ao último, que carrega no tema "Fluorescente adolescente" um single bem colorido e a imagem descontraída que é a antítese das nuvens negras que povoam este novo trabalho.

Ainda sobre a actuação em Glastonbury, há que destacar a participação de Dizzee Rascal num tema, um rapper que eu honestamente não sei quem é, mas que aparece ali um bocado desenquadrado, enquanto rodava um tema - acaba por não destoar tanto assim, sinal de que as canções dos ArcticMonkeys valem por si, mesmo se sujeitas a diferentes roupagens.

Mais espectacular é quando a banda se lança a tocar um versão do tema imortalizado por Shirley Bassey, "Diamonds Are Forever", da banda sonora "do Bond de 1971", cujo título era o mesmo da canção.

A terminar, atrevo-me a dizer que pode ter ali nascido o projecto paralelo do vocalista Alex Turner, os The last shadow puppets, com o também vocalista da banda The Rascals. Este último é apresentado como um amigo e participa num tema, denotando já a sonoridade que Turner engendrou para o projecto o projecto paralelo.

O alinhamento do concerto foi este:

'When The Sun Goes Down'
'Brianstorm'
'Still Take You Home'
'Dancing Shoes'
'From The Ritz To The Rubble'
'Teddy Picker'
'This House Is A Circus'
'Fake Tales Of San Francisco'
'Balaclava'
'Temptation Greets You Like A Naughty Friend'
'Old Yellow Bricks'
'I Bet You Look Good On The Dancefloor'
'If You Were There, Beware'
'Fluorescent Adolescent'
'Mardy Bum'
'Do Me A Favour'
'Leave Before The Lights Come On'
'The View From The Afternoon'
'Diamonds Are Forever'
'505'
'A Certain Romance'

Metallica, ícone da geração MTV

Acordei com extrema vontade de ver/ouvir música. Após uma leve passagem pelos CD's e DVD's que para aqui andam, tropecei neste MTV Icon.

Com única excepção feita à banda de Ian Curtis, dos Joy Division, o tamanho e importância de uma banda mede-se pelo quão bem ela está documentada - é esta a perspectiva que eu tenho e olhando para os dias de hoje, esta é uma verdade que cada vez mais se afirma por si mesma. Na era do digital, da internet, não há banda que não esteja disponível numa série de plataformas, quer seja em forma de DVD's, mapas e sites e sítios online, ou em documentários.

Este MTV Icon documenta uma homenagem feita pelo canal de música aos reis do Heavy Metal, os Metallica.

É interessante, não só pela vertente documentário, mas pelas actuações de alguns dos nomes que singravam nos tops por alturas da homenagem, como sejam os Korn, Avril Lavigne ou Limp Bizkit.

Reafirma a banda enquanto ícones, faz um balanço e lança a banda por pelo menos mais 20 anos.

Os fãs agradecem.

MTV Unplugged, Alicia Keys

São já bem famosas, estas sessões em modo Unplugged da MTV (ou em português, “desligado”, ou “desligadas”, para fazer concordância no género...) e desta feita estive a ouvir a sessão da senhora Alicia Keys, cantora a que não prestava muita atenção, mas sobre quem fiquei com melhor impressão.

Ela toca piano, produz e ainda canta deliciosamente.


Este concerto, ou apresentação, decorreu na Brooklin Academy Of Music e beneficia de uma boa prestação da cantora e de alguns convidados especiais, entre eles Mos Def, Damian Marley, ou Adam Levine, dos Maroon 5.


Eu gosto sobretudo do ambiente festivo que se gera nestas apresentações da MTV, porque fico sempre com a impressão que há grande descontracção e ligeireza, como se tratasse de um encontro entre amigos, para tocarem, para apreciarem o talento uns dos outros.


No caso deste, tudo parece andar em roda do R&B primitivo e nada daquelas tretas que circulam no canais de música da moda, que mostram uma pop assente no R&B e no hip-hop. Neste trabalho, Alicia rege-se pelo Blues, R&B e Soul, bem imprensa no espírito quase messiânico a lembrar aqueles pastores das igrejas de negros, que mostram uma riqueza de alegria e boa disposição, que se demarca bem da igreja tradicional; pesada e triste, represiva.


E é aí que se une a Soul e o Blues, num swing descomplexado e feliz porque poder existir.

É um álbum excelente para ouvir em várias ocasiões – quer seja um jantar entre amigos, um final de tarde de Verão em casa, até a trabalhar, ou num bar, de copo em punho.

É um trabalho muito interessante, que partilho, com selo Youtube.

domingo, agosto 16, 2009

Concertos vistos há anos atrás

Hoje, não sei porquê, insisto em relembrar alguns concertos a que já fui e ocorre-me documentar aqui, mesmo que sem muitos elementos, porque memória esquece.

Um dos primeiros concertos a que me lembro de ir foi precisamente na minha escola secundária, (onde ingressei com 15 ou 16 anos) e estava enquadrado num projecto de área escola que a minha turma desenvolveu. Graffitti num mural da escola e um concerto no espaço do bar da escola. Tocaram duas bandas, uma das quais não me recordo o nome, e a outra acho que nunca chegou a ter um só nome, porque acabava por ter muitos. A primeira era a de um rapaz da escola (o resto da formação não era de lá) e a segunda banda era composta por colegas da minha turma mais o irmão de um deles. Conscientemente, ou não, eram uma cópia dos Nirvana, tocando esencialmente reportório destes, alinhados com a onda grunje, de casacos de malha e ténis All-Star.

Curiosamente encontrei o vocalista/guitarrista, o Ricardo, há pouco tempo, no Chiado.

Do concerto propriamente dito lembro pouco; recordo que o vocalista da primeira banda rebentou o nariz todo, tal a fúria com que atacava o microfone e lembro também que por altura da segunda banda já o ar estava irrespirável, porque o espaço tinha gente a mais que o previsto. Os professores começavam a ficar preocupados com a agitação e agressividade que se gerava junto ao palco, com o rock que era debitado, a roçar um pouco a insanidade e a fraca resposta dos materiais às exigências da actuação. A banda imitava os Nirvana, e o publico respondia com mosh-pitt e crowd-surf, o mínimo que se exigia a quem lá estava, para assistir.

Salto uns anos - relembro outro concerto a que fui, bem mais interessante, bem mais "enublado" ( a memória é lixada).
Era a vinda de Chick Corea a Portugal, ao Festival Seixal Jazz (salvo erro, edição de '98) e entrei quase como penetra. Corria o risco de não entrar, porque não tinha bilhete e nem era suposto ir. Mas estava com outras pessoas que tinham e resolvemos tentar comprar bilhete à entrada - consegui.

Embora sem lugar para me sentar, fiquei pelas escadas do auditório e descobri o jazz. Não tinha conhecimentos nem maturidade para apreciar o espectáculo e gostava de poder lá voltar, a essa noite, para ver tudo de novo e saborear todos os bocadinhos de música e imagem a que tive direito com outros ouvidos e olhos.
Mas na altura curti e passei a noite a agitar-me ao som da música. Nessa altura estava a ter aulas de saxofone e embora não tenha levado este instrumento muito longe, a verdade é que valeu para me acordar os ouvidos para este fantástico género musical.

Nada mal.

Livro pirata

Já li uma boa parte do "Livro Pirata", a tal obra nascida do trabalho dos Rádio Macau e a qual já mencionei aqui.
Das estórias que nele constam,a mais interessante até agora foi a d'"Homem a quem chamaram cavalo", por Flak, o guitarrista da banda.
É a crónica de um músico, um rol de peripécias, que no momento às vezes fazem trepar paredes, mas que à distância soam a piada, a uma história gira.

Depois desse relato, vem um texto de Ana Cristina Ferrão, cujo texto não me disse nada, mas que tem duas ideias muito giras. São elas: "Sara gostaria de ter vivido no século primeiro pois assim tudo o que fizesse seria novidade(...)" e "(...)Foi um 'muito' de tudo: escritora, música, visionária, pintora".

Um concerto em Mafra


Foi já em 2005, mas relembro aqui um dos primeiros concertos que vi em Mafra, os Hands on Approach.

Ainda os concertos tinham lugar na Praça da República, onde hoje é uma esplanada de muito movimento e, mal sabia eu, haveria de morar a dois passos deste espaço.

Quanto ao concerto, propriamente dito, foi uma noite banal de música bem tocada, sem notas de maior destaque. Foi no primeiro de Julho de 2005 e a banda promovia o álbum “Groovin’ on Monster’s Eye-Balls”.

Olhando ainda mais para trás, para o início da banda, e segundo garante o site da Câmara de Mafra, tudo começou com o vocalista e sua viola, numa praia. Rui David, a voz do grupo, foi convidado por Rui Santos, da Antena 3, para uma actuação acústica em directo na rádio. O convite motivou a formação da banda, juntando-se assim João Luís no baixo, Sérgio Mendes na guitarra e Aníbal Rosado na bateria.

Claro que falar na banda e não referir o single “My wonder Moon” é o mesmo que não dizer nada, uma vez que foi este tema que despertou a atenção do público para a banda, tema que se tocava no pátio da escola ainda andava eu na escola secundária.

No meu caminho só se voltaria a cruzar a banda, quando certo dia entrei numa Cash-converter e me deparei com um single deles, com um tema de estúdio e dois interpretados ao vivo – curiosamente na terra onde morei algum tempo, Torres Novas.

Adquiri-o e ouvi muitas vezes o tema “Free”, que acho ter um groove muito fixe.

Infelizmente não o encontro no Youtube, porque gostava de o partilhar aqui. Aos interessados, contactem-me via mail, que terei muito gosto em enviar um Mp3 completamente ilegal, apenas legitimado porque comprei o single e paguei a música – façam-no através de inacio.imaginario@gmail.com .

sábado, agosto 15, 2009

Queen + Paul Rodgers

Que seria difícil alguém igualar o mítico vocalista dos Queen, Fredie Mercury, era sabido, agora... não arranjavam ninguém melhor?

Ainda não tinha ouvido e lá calhou ser hoje - ouvi uma versão do tema "I want to break free", interpretada por estes Queen + Paul Rodgers e fiquei muito desiludido. Por mais que queira perceber a lógica desta escolha, a única coisa que se fixa na minha cabeça é que parece terem posto um Tom Jones velho e cansado a cantar temas que eram cantados pelo melhor de sempre, que colocou a fasquia bem alto para quem viesse ocupar o seu lugar. Mais não seja, pelo estilo inconfundível com que ele atingia notas altíssimas, com garra, numa mistura de falcete e voz arranhada.

Não tenho a certeza disto, mas parece-me que depois de terminar a tourné mundial, a colaboração terminou. Os Queen voltaram para o Panteão dos grandes e Paul Rodgers terá voltado para a sala dos músicos razoaveis. Ainda bem.

Natalie Imbruglia


Alguém se recorda desta miúda? Nunca mais se ouviu falar nela depois do sucesso nas rádios e televisões do nosso país que foi o single "Torn".

No entanto a carreira da moça não parou aí - continuou a trabalhar com gente conhecida, a colaborar com músicos como Chris Martin (vocalista dos Coldplay) e a mover-se nas áreas da música, da moda e também a trabalhar na sua carreira de actriz. Depois de em 2001 ver o seu segundo álbum editado, ela assinou um contrato com a L'Oreal, aparecendo nas publicidades da marca de cosméticos. Ainda hoje aparece nalgumas campanhas.

Como actriz, e depois de em jovem ter participado na série "Vizinhos" (uma série que já não recordo bem, mas que lembro passar na TV durante a minha infância), Natalie participou na comédia de acção "Johny English", onde contracenou com Rowan Atkinson, uma santidade do humor à escala planetária.

Para quem já não dá que falar nos media (pelo menos nos "nossos") tem trabalhado bastante. Às vezes ouvimos aquela expressão do "nunca mais se ouviu falar nessa", ou "essa também nunca mais fez mais nada", mas a verdade é que se não aparece nos jornais, nas revistas, na TV e rádios, ninguém sabe a arte que se faz.

É aqui que a internet abre uma porta importante - era importante que as pessoas não se ficassem por aquilo que lhes é dado a conhecer. A vantagem da net é que só precisamos lembrar o nome de uma banda, consultar registo de bandas a surgir, bandas de que já não ouvimos falar há muito e pesquisar. Chama-se a isto a Democratização da Cultura. É um palavrão, mas é verdade.

Desta vez passa e deixo o vídeo que tornou a Natalie célebre no nosso país aqui em baixo.

Radio (didn't) kill the radio star

A imagem é muito apelativa e cada vez mais tende a ser importante - mas a TV não matou a rádio, nem nunca matará, porque são coisas diferentes, que podem ter papeis diferentes nas nossas vidas e se calhar até se completam.

Fica o tema, interpretado ao vivo, coisa que achava ser impossível (a transposição do tema para apresentação ao vivo).

sexta-feira, agosto 14, 2009

"Fuga" de tema inédito de Radiohead na Web

Estive na página da Blitz e vi uma notícia interessante, um daqueles diz que disse, uma fuga de informação que entusiasma os entusiastas do mundo da música, os melómanos e curiosos ávidos por uma boa fofoca.

Segundo um site não oficial da banda, há um tema original do grupo a circular na net, contrariando um pouco as últimas declarações do vocalista da banda, Thom Yorke, que garantiu que não editariam mais álbuns de originais.
O grupo não confirma, mas a verdade é que a voz usada na gravação é a do front-man e a sonoridade tem "marca" Radio Head.

Sabe-se que os Radiohead estiveram em estúdio recentemente a gravar nova música com o produtor habitual, Nigel Godrich e que este suposto tema dos Radio... surge na mesma altura que o tema Harry Patch (in memory of), uma canção tributo ao último veterano britânico da I Guerra Mundial, falecido no mês passado.

Em baixo, os novos temas da banda:

Radiohead - Harry Patch (In Memory Of)



These are My Twisted Words

Red Hot Chili Peppers, Live at Slane Castle

Hoje a música começa com este concerto dos Red Hot Chili Peppers, ao vivo, no Slane Castle, castelo medieval irlandês.

Passavam dois anos desde o seu último lançamento em DVD, quando em 2003 saiu este trabalho.

De acordo com algumas coisas que li, ele retrata a actuação na integra, sem acrescento de cenas de outros concertos. Há uma única faixa que foi retirada, porque o guitarrista John Frusciante partiu uma corda - foi durante o tema "Soul to Squeeze" que se deu o incidente.

Quanto a mim, os Red Hot Chili Peppers sempre foram sinónimos de banda onde toca o melhor baixista de sempre; mas neste espectáculo quem se destaca mais é o guitarrista, que trás uma variedade aos temas muito boa, quer seja com solos cheios de energia, ou sentimento, pelos acrescentos/apontamentos que faz de guitarra e com segundas vozes. Isto lembrando que ele ainda canta um tema sozinho.

Pelo que li, por alturas do álbum "By the way", John Frusciante vinha de um período muito conturbado da sua vida, estanto sujeito a alguma pressão quando gravaram o "Californication", porque não se sentiria nas melhores condições, mais não fosse porque tinha deixado de tocar guitarra e sentia-se "enferrujado". No "By the...", pelo contrário, ele havia-se refeito de todos os problemas que o condicionavam e entrou na gravação de um novo álbum cheio de espírito criativo, acabando por se revelar isso na tourné que fizeram e em todos os espectáculos que deram. Este parece-me um bom documento desse regresso à boa forma. John Frusciante e a guitarra telecaster que toca durante quase todo o concerto mostram uma grande e frutuosa ligação.

Quanto ao Flea, o emblemático baixista, traz mais um bom motivo para o apreciar mais e mais como grande músico que é: não é que o homem também toca trompete?! Desconhecia, mas passou a fazer mais sentido para mim ouvir este instrumento no álbum "Mothers Milk". Não sei avaliar muito bem, mas pelo menos parece ser um bom executante.

Abaixo, o alinhamento do concerto.

1. "Intro"
2. "By the Way"
3. "Scar Tissue"
4. "Around the World "
* Maybe (The Chantels) (cover by John Frusciante)
5. "Universally Speaking"
6. "Parallel Universe"
* A introdução é "Latest Disgrace" do Fugazi do álbum "Red Medicine"
7. "The Zephyr Song"
8. "Throw Away Your Television"
9. "Havana Affair" (Ramones cover)
10. "Otherside"
11. "Purple Stain"
12. "Don't Forget Me"
13. "Right on Time"
* A introdução é "London Calling" do The Clash do álbum de 1979 "London Calling"
14. "Can't Stop"
15. "Venice Queen"
16. "Give It Away"
17. "Californication"
18. "Under the Bridge"
19. "Power of Equality"
20. "Final Credits"

quinta-feira, agosto 13, 2009

Joy Division, vocalistas, Ian Curtis

Enquanto folheava a Jazz.pt, passou perto o tema dos Joy Division "She's lost control" e dei comigo a pensar de que este era um bom exemplo de como um vocalista não tem que ser necessariamente um grande cantor. Ian Curtis é um excelente exemplo disso.

She's lost control


Love will tear us apart

Jazz.net

Não conhecia esta revista de Jazz, mas há dias tropecei nela num qualquer quiosque de jornais e afins. Nunca tinha dado com ela.

Comprei.

Até agora, gosto do grafismo, muito sóbrio e livre de ruído visual e da forma como são tratados os temas, bem desenvolvidos. As entrevistas são bem conduzidas e tem algumas rubricas interessantes como por exemplo o "Regressos e Efemérides", o "blues.pt" (focado no Blues), "A estante do Miguel" (que se move na área da literatura), "CiberJazz" (que procura páginas interessantes no espaço Web) e também "Às escuras", espaço em que são colocados temas a tocar, sem informação prévia, deixando ao entrevistado o trabalho de reconhecer, indentificar e revelar a sua relação com as malhas em questão.

Gostei sobretudo da entrevista a José Pedro Coelho, um jovem saxofonista que é parte da Orquestra Jazz de Matosinhos e alguém que ainda se vê como um aprendiz, ou alguém que ainda vê um longo caminho à sua frente. No final fiquei com vontade de conhecer o trabalho e génese da Orquestra Jazz de Matosinhos, ainda antes até de terminar a leitura.

Vou continuar a ler a revista, quando se segue uma conversa com José Lencastre (Saxofonista), mas não sem antes deixar um link para uma loja de música centrada no ambiente Jazz, a Trem Azul, disponível para consulta on-line aqui.

A construção das identidades; expo na Ericeira II



A construção das identidades; expo na Ericeira

Hoje, porque tinha tempo, resolvi espreitar a Casa de Cultura Jaime Lobo Silva, na Ericeira e ver o que é estava exposto na galeria deles.

Encontrei esta exposição, curiosa, mas com pouco interesse. Se bem percebo a lógica, ela remete para o nascer de uma cultura muito própria, não só do nosso país, mas mais especificamente da Vila, ideia que retiro sobretudo do título na exposição; "A construção das identidades."

O principal destaque vai para as únicas peças dignas de museu: "a Bula Manifestis Probatum, na qual o Papa reconhece existência jurídica autónoma ao reino de Portugal e o foral da Ericeira, diploma pelo qual o Mestre da Ordem de Avis consigna os deveres e os direitos dos povoadores da Ericeira, nas suas relações entre si e com a referida ordem."

O resto, são obras literárias mais, ou menos antigas, que vão desde apontamentos históricos à toponímia, etc.

Neste post pode ver-se a capa do panfleto que acompanha a exposição e no post seguinte o restante panfleto.

Colecção "Blitz Aprova"


Ando de roda desta colecção que a Blitz lançou já há algum tempo, mas que eu ainda não tinha lido toda.

Resolvi pegar em todos os livrinhos e ando a aprender muita coisa sobre álbuns que marcarm épocas específicas - a ideia é falar um pouco sobre trabalhos emblemáticos, que representem a cultura e contexto histórico, fazendo um contra-ponto com a música que as bandas faziam.

Este que ilustra este post, corresponde ao período de '74 a '79.

É um trabalho interessante e estimulante para quem, como eu, gosta de saber e conhecer mais música.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Are you ready for the blackout?

É título e é dúvida vertiginosa. Este álbum, dos X-Wife, roda no leitor de CD's a um ritmo dançante, já que agora, como nunca, o rock também é feito a pensar nas pistas de dança dos clubes.

Se em "Summertime Death" há velocidade e urgência em dizer tudo num só tema, chegamos a ela através de um primeiro tema introspectivo ("Nothing else to prove") e de um excelente single ("On the radio"), um tema para dançar e rodar nas rádios vezes sem conta, por ser o sonho molhado de qualquer indie-rocker, associado que está a uma explosão psicadélica com doses de pop e rock. Aliás, logo no primeiro tema, o título evidencia como é que estes rapazes sentem agora - já não têm nada a provar. Já plantaram as sementes e agora resta-lhes a ambição de furar os mercados lá fora e manter o interesse por parte do público portugues, nos fãs, e quem mais se juntar à "causa", naquilo que vão fazendo: música fresca e com muito groove.

A componente "electrónica" está muito presente em todo o álbum, ou não fosse o guitarrista e vocalista o conhecido DJ Kitten, acompanhado por um baixista cheio de groove e um baterista que também deita mãos aos sintetizadores e drum machine.

Curioso por mais informação, fiz uma rápida pesquisa sobre a banda, mas sobretudo sobre este álbum - lançado oficialmente no Passos Manuel, no Porto, com um padrinho muito importante no panorama musical português: Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés. O guitarrista dos Xutos aproveitou a oportunidade para lembrar que há bandas em Portugal que merecem destaque e atenção, porque "cá dentro" também se faz boa música.

Entre a velocidade sónica e gostinho pela dança, o álbum revela também um lado mais negro, mais introspectivo da banda, como no tema "Fantasmas", que logo no início é inundado com feed-backs de guitarra e sons distorcidos. Parece-me que se torna numa malha fechada sobre si mesmo, sem respirar, hermético.

Já a finalizar o álbum, temos a "Fireworks", um tema que está ao nível do "On the radio", revelando enorme potencial para se fazer valer nos air-play nacionais sem que dependam das já aqui citadas cotas de transmissão de música nacional.

O álbum fecha com o tema "Heaven Knows", um tema que tem uma boa batida que parece querer encerrar a escuta deste trabalho numa toada positiva, mas ainda assim alternativa ao rock convencional. Será uma espécie de "acabar bem", como naqueles filmes de roteiro mais alternativo, mas que têm, mesmo assim, um final feliz.

A título de curiosidade, aquando da última passagem de James Murphy, dos LCD Soundsystem, para actuar no Lux, levou com ele uma cópia do Are you ready for the blackout, ficando no ar a ideia que o "patrão" da DFA Records podia vir a abrir mais algumas portas à banda portuense, já que ele é um dos nomes associados ao universo da música alternativa/electrónica e do rock dançante.

Também ainda como curiosidade, lanço aqui um endereço de um blog que me suscitou a atenção enquanto pesquisava informação relacionada com a banda - trata-se de um fotógrafo, a meu ver, muito talentoso e que parece estar associado a algumas bandas nacionais.
Cliquem aqui!