sábado, janeiro 31, 2009

Bob Dylan e Will.i.am juntos em campanha da Pepsi



Já lhe chamam vendido por se ter associado a uma campanha publicitária - Bob Dylan vai gravar um anúncio da Pepsi com Will.i.am, dos Black Eye Peas, contrariando a sua veia revolucionária e crítica da sociedade e dos seus defeitos de consumismo, entre outros aspectos menos positivos.

O anúncio televisivo será apresentado oficialmente neste fim-de-semana, no Super Bowl, onde os dois actuarão, dando vida ao tema "Forever Young", um clássico do cantautor norte-americano.

A notícia foi avançada pelo revista inglesa New Musical Express, que anúncia ainda que a Pepsi estará em vias de comercializar esta nova versão da canção no iTunes.

Embora seja de âmbito diferente do lançamento do álbum dos Sígur Rós - como frisei e insisti num último post-, a verdade é que a indústria da música continua a desenvolver-se ao ritmo da necessidade de sobrevivência e da necessidade de procurar outras formas de chegar às pessoas, mantendo lucros. Neste caso, recupera-se a associação das grandes bandas ou artistas mundiais à publicidade, espaço que entretanto tinha ficado reservado a bandas em início de carreira.

Se não estou em erro, a última grande campanha publicitária à escala mundial foi precisamente lançada pela Pepsi, em associação com Michael Jackson, ainda nessa altura o "Rei da Pop".

Ainda me recordo de andar com uma pequena cassete branca no meu velhinho Walkman, um single promocional dessa campanha, com músicas do negro mais branco da história. Também recordo que começou aí o declínio da carreira do "Rei" com todos os escândalos que o envolveram, bem como a evidente falta de qualidade dos trabalhos que entretanto eram editados, que com o passar do tempo iam quebrando o estatuto de realeza de Michael Jackson.

O que esperar então de Bob Dylan depois deste trabalho? É dificil prever, sobretudo numa altura em que já começa a ser criticado pelas suas prestações em palco, que vão denotando a idade avançada.

Mas também é verdade que, ao contrário de Michael Jackson, Dylan já mostrou uma enorme capacidade de se reinventar e de ultrapassar períodos menos positivos na sua carreira - julgo até estar em condições de afirmar que ele já faz o mais difícil: contrariar a idade, enganar a morte, continuar a vender discos e suscitar paixões.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

AC DC

Antes de mais, não, não são vídeos a mais.

Depois, tudo bem que não são a melhor banda do mundo, ou que estão fora de moda, ou que o Angus Young não será o melhor guitarrista do mundo, mas... continua a ter um feeling do caraças!

Stevie Wonder

Já tinha ouvido dizer que o Stevie Wonder tocava os instrumentos todos nos seus discos.

Pode ser cego, mas não é maneta, caramba!

MITCH MITCHELL _January 9 1969 (Sweden)

Tudo começa na bateria. Tudo começa num solo de bateria tresloucado, nos anos 60. Acaba numa jam. Numa sessão de improviso rumo à eternidade.

Solo de...tarola

Sim, é verdade que há milhares de vídeos no Youtube com solos de bateria muito mais elaborados, com pedal duplo e números de acrobacia. Mas achei este muito giro. Um punk rocker a brincar aos Stomp.

Compilação dos Sigur Rós distribuída com jornal

De acordo com o Disco Digital, o jornal inglês The Independent vai oferecer na edição de amanhã uma colectânea dos Sigur Rós - "We play endlessly" é o título e reúne nove temas da banda islândesa.


Isto só é notícia porque são os Sigur Rós, porque a verdade é que já há muito que os jornais distribuem cd´s com compilações, pelo que a comparação que o Disco Digital faz entre o lançamento desta compilação e o último álbum do Prince (cujos direitos foram vendidos a um jornal, não estando disponível em mais lado nenhum) não faz muito sentido.

O álbum do Prince foi um trabalho de originais lançado de forma absolutamente inédita - embora o Prince não o tenha distribuído de forma gratuita, como se diz. Ele vendeu os direitos do trabalho ao jornal, que por sua vez o distribuiu como brinde de um jornal que é pago. Portanto, o artista não ofereceu nada.

Este lançamento agora, é uma compilação. É diferente, porra.

É bom lembrar a colecção "Fados do Público". Uma grande colecção, muito bem editada, bem desenvolvida e que cruzava o fado de várias gerações e estilos. E quando refiro o termo estilo para dividir o fado, corro riscos; porque diz o povo que o fado é único. Mas não é. Do corridinho ao fado de Coimbra, vai uma longa distância.

Ainda sobre os Sigur Rós, resta acrescentar que a compilação traz três temas de "Með suð í eyrum við spilum endalaust" (2008) e de "Takk..." (2005), duas de "Hvarf/Heim" (2007) e uma do EP "Ba Ba Ti Ki Di Do" (2004). E ainda que estão a trabalhar num novo DVD com Vincent Morisset, o realizador de "Mirror Noir", dos Arcade Fire.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Jogos Sem Fronteiras

Para quem o nome Euládio Clímaco não passa de um nome de medicamento ou rebuçado de mentol, um aviso: não continuem a ler que isto não vos interessa. Aos que reconhecem o nome, relembrem que o Verão siginificava há uns anos atrás não só imperiais e esplanadas, mas correrias loucas piscinas acima, superfícies escorregadias percorridas com objectos difíceis de equilibrar e fatos de licra justos. Demasiado justos. E pequenas reportagens sobre cidades, que passavam a figurar entre os destinos imaginários de viagens imaginárias, num futuro imaginário. Era tempo de assistir aos Jogos Sem Fronteiras.

Os Jogos Sem Fronteiras (JSF) eram um programa de televisão criado por Guy Lux, Pierre Brive, Claude Savarit e Jean-Louis Marest que era transmitido pela RTP1. Pelo que li na Wikipedia, estes jogos foram originalmente pensados pelo general francês Charles de Gaulle e tiveram a sua primeira emissão em 1965. Eram uma espécie de Jogos Olímpicos, onde cada país era representado por uma cidade.

Se bem me lembro, deixei de ver os JSF há já muitos anos e pelo que li os jogos terminaram em 1999, o que parecendo que não, já foi há 10 anos. No entanto, em 2006 a União Europeia de Radiodifusão terá anunciado a intenção de retomar as transmissões deste programa. Mas segundo a sempre controversa Wikipedia, a intenção foi confirmada em Janeiro de 2007, estando prevista a emissão para 2008 - o que não se verificou, segundo me parece.

E porquê? Porquê estar para aqui a falar em Jogos Sem Fronteiras? Porque há um par de dias estava a ouvir a Prova Oral, do Fernando Alvim, e estava a divertir-me com o facto de não haver tema e de o Alvim estar a explicar que era tema livre e que isso tinha sido decidido em reunião de grupo - segundo ele ficou decidido que o programa teria tema livre, tantas as vezes que não houvesse convidado. Vai daí, surgem os Jogos Sem Fronteiras na conversa, num claro exercíssio de fait-diver, expressão que por sinal deve ser lida à francesa.

Isto fez-me lembrar dos Jogos e pensei: então e porque não levar à Prova Oral alguém que tivesse concorrido ao concurso e perceber em que medida é que isso mudou a vida dessa pessoa - como se calcula, não terá mudado em nada e faço esta nota para não me acusarem de ser um idiota ou um cretino. Mas convenhamos, era um tema giro.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Sting Monroe, no Myspace

Continuando a espreitar as páginas myspace que estão associadas à minha (www.myspace.com/3535project), redescubro um projecto muito interessante intitulado Sting Monroe. Pelo que sei, é um projecto solo saído da mente de Dennis, vocalista dos Slime Fingers - ele parece querer fundir o rock e os sons mais pesados com música electrónica.

Principal destaque para os temas "Honey" e "Hate You", este último o meu preferido, que tem em alguns momentos uma sonoridade arábica e muita raiva em forma de música.

A acompanhar.

domingo, janeiro 25, 2009

Mallu Magalhães, carreira via myspace

Mallu Magalhães parece ser o último fenómeno musical saído do anonimato para a ribalta "via" myspace. Esta jovem brasileira, e pelo pouco que ouvi na Antena 3, conquistou atenção pelo número de "views" que a sua página teve. A verdade é que parece ser muito talentosa e não se isola na MPB nem no "tropicalismo", como preconizaram alguns dos seus conterrâneos. Se é de apreciar a defesa pela identidade cultural, também é uma lufada de ar fresco ver a música brasileira fundir-se a outras sonoridades.

Um dos factos mais mencionados sobre Mallu Magalhães é a sua jovem idade - a brasileira conta apenas 16 anos de vida. É um lugar comum, mas não menos verdade, que o que lhe falta em anos, sobra em talento.

Passou pelo nosso país na passada sexta-feira. Actuou na BlueStore, no Porto.

Mute Math lançam álbum pela Warner Bros. Records

Estive hoje a ver algumas dos grupos que estão associadas à minha página do myspace e descobri estes Mute Math, banda norte-americana de New Orleans que lançaram o álbum de estreia, aparentemente ainda não comercializado em Portugal.


Pela amostra, trata-se de uma banda pop-rock, mas que tem algumas marcas que tornam a sua sonoridade algo distinta das restantes. A um som marcado pelos standars da pop mais rockeira, juntam-se algumas influências de Radiohead e aquilo que me parece ser o rock progressivo da década de '70 - embora sejam sempre reminiscências dessa sonoridade, uma vez que o som é bastante actualizado.

"Diário de uma paixão monologada", por Ana Brilha

A notícia é tudo menos nova, mas ainda assim, motivo de destaque aqui pelo burgo. Foi no verão passado que saiu pela Chiado Editora Diário de uma paixão monologada, de Ana Brilha. Trata-se de uma amiga, digo eu, e uma "jovem escritora e advogada, que ganhou recentemente o prémio Literário da Ordem dos advogados, com a obra Memórias de um corvo", descreve a editora no seu sítio na internet.

A obra reflecte os dois lados de um amor, "dela" e "dele", sempre num contexto de actualidade, sentimentos nos dias de hoje.

Ainda não tive oportunidade de o ler, mas li as Memórias de um corvo. Foi ainda antes de a conhecer e embora tenha sido escrito a pensar em Lisboa como cenário, confidenciou-me a própria, a mim serviu-me de companhia num período em que estive mais ligado à Ericeira e ao mar que a banha - era lá que imaginava a acção a decorrer, naquelas ruas estreitas, naqueles prédios baixos.

Quando a conheci, estava a Ana a concluir a sua última obra e já me falava noutros projectos que gostava ver editados. Já este livro está nas bancas há uns seis meses e já tem outros trabalhos em carteira. Na era do blog e do consumo rápido, ainda é bom ver alguém lançar-se na aventura de escrever um livro.

Parabéns, Ana.

Anedotas e psiquiatria

Estava a pesquisar anedotas, à procura de uma muito divertida que vi no filme "Descongela-te!" e acabei por tropeçar nesta...


Quantos psiquiatras são necessários para mudar uma lâmpada? Apenas um, mas a lâmpada tem mesmo que querer mudar...

"Descongela-te!" - rir até perto do fim

Eu tenho um problema com os filmes - por muito bom ou mau que um filme seja, acabo sempre por imbirrar com o final da história. O mesmo se passa com este "Descongela-te!", uma história muito divertida, em espanhol, que conta a história de um actor com grande talento para imitações. Ele é convidado por um realizador de cinema para protagonizar o seu próximo filme e Justo, o actor, e a sua família acreditam que chegou a hora de sair do anonimato e dos problemas económicos que os atrapalham. No entanto, uma comédia só é comédia se seguir a lei de Murphy, que diz que "O que puder correr mal, vai correr mal". O sonho complica-se na noite anterior à assinatura do contracto...

A questão é que a ideia inicial é muito boa e o enredo é muito bem desenvolvido, com umas personagens muito bens construídas e diálogos divertidos. O filme consegue fugir às comédias blockbuster, quanto mais não seja porque é espanhol e retracta uma realidade diferente do que costumamos ver. Só que tem um final fraco. Ou que pelo menos me desiludiu um pouco, porque estava à espera de algo diferente. Algo que correspondesse ao resto da história.

"Descongélate!" (2003 - 92m)
REALIZADORES: Dunia Ayaso, Félix Sabroso.
INTÉRPRETES: Pepón Nieto, Candela Peña, Loles León, Rubén Ochandiano, José Ángel Egido, Óscar Jaenada, Pilar Castro...

sábado, janeiro 24, 2009

"Vigaristas de bairro" - uma vigarice de filme

Ontem a decisão teve que ser tomada. Não podia continuar a ver quatro filmes ao mesmo tempo. Assim, eu e a minha cara-metade resolvemos terminar o filme do Woody Allen, embora temendo a sonolência que ele provoca. A verdade é que eu gosto bastante do Woody (um amigalhaço) mas ele que me perdoe - este filme é uma ideia de génio, razoavelmente bem desenvolvida e muito mal terminada.
A história gira em torno de um grupo de "Bandidos de bairro", que querem enriquecer com um golpe perfeito. É então que
que desenvolvem um plano para assaltar um banco, montando um negócio numa casa ao lado e cavando um túnel para chegar ao cofre-forte. O esquema vai sofrendo vários contratempos, mas o negócio paralelo prospera e fá-los enriquecer. A questão é que o restante do filme gira à volta do novo-riquismo, caindo numa série de lugares comuns e termina de forma desinteressante. Fez-me até lembrar um outro filme do mesmo realizador, o Hollywood Endings, que também tinha a particularidade de ter um daqueles finais em que na última cena tudo se resolve do pé-para-a-mão e acaba em bem, só porque sim. Mas aí, parodeava-se esse espírito de "finais à Hollywood", o que devolvia a genealidade ao criador. Aqui não. Aqui fica-se com a ideia que Woody (um amigalhaço) teve uma grande ideia para uma comédia, e não a trabalhou.

Desculpa Woody. O Matchpoint eu ainda papei. Este já não dá.


REALIZADOR
Woody Allen

INTÉRPRETES
Woody Allen, Tracey Ullman, Tony Darrow, Hugh Grant, George Grizzard, Jon Lovitz, Elaine May, Michael Rapaport, Elaine Stritch.

Entrevista com Freddy Mercury

Eu nasci em '83, pelo que não vivi muito os anos oitenta. Vivi, essêncialmente, através dos meus irmãos, todos mais velhos, através de lembranças distantes e de muita leitura, investigação.

Aparentemente, em '83 usavam blusões de cabedal, bigodes farfalhudos e fumava-se durante entrevistas de televisão - o blusão passava, mas o bigode e o cigarro não escapava à ASAE...

"Nigga" - Da Weasel, no Pavilhão Atlântico

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Código de barras

Ora aqui está, uma pequena provocação e uma ideia importante. Os códigos de barra fazem parte do universo de coisas a que não ligamos ou não damos importância, mas que são fundamentais para o funcionamento das nossas vidas. Não temos noção de como o sistema de vendas está dependente deles e nem nos apercebemos da indústria e do capital que movem, não só por estarem ligados ao mercado, mas por si mesmos - em termos de negócio da certificação, chamemos-lhe assim.


















"Às 8:01 da manhã de 26 de junho de 1974, um cliente do supermercado Marsh's em Troy, no estado norte-americano de Ohio, fez a primeira compra de um produto com código de barras. Era um pacote com 10 chicletes Wrigley's Juicy Fruit Gum. Isso deu início a uma nova era na venda varejista, acelerando os caixas e dando às companhias um método mais eficiente para o controle do estoque. Aquele pacote de chiclete ganhou seu lugar na história e está atualmente em exibição no Smithsonian Insititute's National Museum of American History (em inglês). Aquela compra histórica foi o ponto de partida para quase 30 anos de pesquisa e desenvolvimento."
(in Wikipedia - leiam mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Código_de_barras, e fiquem saber (quase) tudo sobre as "risquinhas pretas").

A tomada de posse de Barack Obama

No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas juntou-se à beira de ténues fogueiras nas margens de um rio gelado. A capital tinha sido abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado da nossa revolução era incerto, o pai da nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo:“Que o mundo que há-de vir saiba que... num Inverno rigoroso, quando nada excepto a esperança e a virtude podiam sobreviver... a cidade e o país, alarmados com um perigo comum, vieram para [o] enfrentar.”

América. Face aos nossos perigos comuns, neste Inverno das nossas dificuldades, lembremo-nos dessas palavras intemporais. Com esperança e virtude, enfrentemos uma vez mais as correntes geladas e suportemos as tempestades que vierem. Que seja dito aos filhos dos nossos filhos que quando fomos testados recusámos que esta viagem terminasse, que não recuámos nem vacilámos; e com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levámos adiante a grande dádiva da liberdade e entregámo-la em segurança às futuras gerações.

(...) sugerem que o nosso sistema não pode tolerar muitos planos grandiosos. As suas memórias são curtas. Esqueceram-se do que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem fazer quando à imaginação se junta um objectivo comum, e à necessidade a coragem.

(...) A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer a América.
(Estracto do discurso da tomada de posse de Barack Obama, 2009)


Depois da posse, o primeiro dia presidência.

No discurso de ontem, Obama não falou em políticas concretas, antes enalteceu a necessidade de união do país para o desafio de recuperar a economia e a credibilidade perante o resto do mundo – céptico que está, perante o desgaste das guerras, dos conflitos armados e a economia debilitada.

Ler o discurso do presidente eleito, fez-me pensar em várias coisas.

Por um lado, leio-o com o entusiasmo que ele emana, com o optimismo que ele quer transmitir. Recorda-me um filme, o “Armaggedon”, que conta a história de um meteorito que se dirige para o planeta Terra, e em que o actor que faz de presidente norte-americano discursa sobre a união, não enquanto povo de uma nação, mas como Humanidade, para vencer a dificuldade. Ainda hoje me arrepio todo quando assisto a essa parte do filme.

Recorda-me a linha ténue, entre um discurso político e um argumento de um filme. Há poucos dias ouvi até na Prova Oral, na Antena 3, uma entrevista a Nuno Artur Silva, das Produções Fictícias, sobre os argumentistas e percebi que eles são a força escondida por detrás de muitos enredos e ideias.

Porque, “Yes we can” ou “I have a dream”, é só escolher - o importante é percebermos que sim, que as palavras podem fazer mudanças. Elas têm que ser o catalizador da acção, as dinamizadoras do mundo, enquanto transmitem energia e ânimo. Acusamos a classe política quando citamos “falam, falam e não os vejo fazer nada”, mas repudiamos o discurso tecnocrata, recheado de números e outros factos.

Talvez o mundo precisasse de um Obama em cada esquina, ao contrário de um Salazar, como alguns velhos do restelo apregoam. Um Obama, não por aquilo que ele faz, ou fará, mas por aquilo que ele representa – vontade de mudança. Para que todos acreditemos que “A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer(...)” o mundo.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Joao Aguardela

"Sob o signo da guitarra: O único grupo português que reveste o fado com uma sonoridade contemporânea, mantendo a coerência e um interesse estético. Se não é o grupo de fados e guitarradas mais atípico de sempre, é a banda pop mais portuguesa da actualidade. Uma personalidade musical lusa tão marcada que, para encontrarmos exemplos semelhantes no pop, teríamos de recuar aos casos de António Variações ou da Sétima Legião. Mas como os tempos são outros, os ingredientes distanciam-nos. A Naifa é uma banda do Portugal que vivemos. Manuel Halpern"

"Temos que perder a vergonha de sermos portugueses", disse Joao Aguardela.

Esta vida de marinheiro...

segunda-feira, janeiro 19, 2009

"A Face Oculta de Mr. Brooks" - a face oculta de Kevin Costner

Um dos actores de Hollywood de que menos gosto, num filme bastante bom - é esta a minha melhor frase sobre este filme. Trata-se de uma longa-metragem que nos remete para o "vício" e para a adicção em termos gerais. Neste caso específico, o protagonista sente a necessidade de matar e convive com ela como uma doença que ele tem que controlar.Trata-se de um filme negro, mas que tem uns "gags" geniais, sem cair na muito apreciada categoria "filme de humor negro". Ou então isto é que é humor negro e esqueçam lá o Rocky Horror Picture Show... Recomenda-se sobretudo para quem goste de uma história bem contada, com um final como deve ser e a quem ache que não há um único bom filme com o Kevin Costner (ele é capaz de fazer mais do que o "Guarda-costas", ou "Robin dos Bosques").

Nem me vou alongar mais, porque acho que têm que ver o filme. Vá. Vão lá.

Primeira entrada de Janeiro

Lá voltei a estar empregado. Terminaram as minhas pequenas férias forçadas, depois do período das festas, durante o qual o blog esteve parado. Para dizer a verdade, até escrevi um texto na véspera de Natal, sobre o Natal e a sua véspera, mas o computador deu erro e o computadorescrito (à semelhança de um manuscrito) perdeu-se.
No passado dia 5, juntei-me a uma empresa chamada Marmedsa, com a qual colaboro a despachar manifestos de carga e afins, para que navios entrem no porto de Lisboa (e noutros) com autorização da alfândega. Acho que nunca ouvi falar tanto em rusgas a navios de carga como agora...
Sabe bem este compromisso do ordenado ao final do mês.

Sobre arte e afins, tenho estado a deixar passar ao lado matéria riquíssima para o blog, porque vi e li muita coisa que merece a atenção deste espaço. A esperança é de que agora, que vou ter net em casa (finalmente), possa aproveitar mais as potencialidades da escrita, sobretudo neste espaço tão nobre.

Porque há muita coisa a comentar.

Filmes, por exemplo, são alguns os que vi, os que vi umas partes e deixei a meio, os que quero ver no cinema e os que tenho em casa para ver. Já dou comigo a tomar nota do que devo escrever, mesmo correndo o risco de a distância me fazer perder alguma coisa que fosse importante dizer.

- "A Face Oculta de Mr. Brooks";
- "Era uma Vez um Rapaz" (ainda o estou a ver!);
- "Tinto da Ânfora" (não é o nome de um filme, mas de um vinho alentejano...);
- Última prova oral (com Nuno Artur Silva);
- Concerto de ano novo, no Beatriz Costa;
- "Christine", com Julia Dreyfus;
- Aniversário dos Xutos e Pontapés;
- Companhia das Índias, primeiro álbum a solo de Rui Reininho;
- Death Magnetic, último álbum de Metallica (já terei distanciamento suficiente para falar no
álbum de forma (mais) imparcial?